Bolsa reabre operações após quinto circuit breaker em março
Mercado tem sofrido os efeitos do coronavírus e do corte da taxa básica de juros nos Estados Unidos
Economia|Giuliana Saringer, do R7
A bolsa de valores brasileira voltou às negociações por volta das 11h desta segunda-feira (16) após o quinto circuit breaker em março.
Às 11h17, as ações continuavam com queda, de 14,03%. A movimentação da bolsa tem sofrido os efeitos do coronavírus e do corte da taxa básica de juros nos Estados Unidos.
O circuit breaker foi acionado às 10h24, quando registrou queda de 12,53% e chegou a 72321.99 pontos.
No total, ocorreram 21 circuit breakers no país, já incluindo o desta segunda-feira.
A Bolsa de São Paulo acionou em outras quatro oportunidades em sua história o circuit breaker duas vezes no mesmo dia. As paralisações por uma hora, após queda das ações em mais de 15%, ocorreram em 1997, 1998 e 2008.
Em 1997, uma crise iniciada nos chamados tigres asiáticos derrubou a cotação das moedas dos países do continente e se estendeu ao restante do mundo. A onda negativa foi responsável por inaugurar as paralisações de 1 hora no Brasil em 28 de outubro daquele ano, um dia após o Ibovespa cair mais de 14%.
Um ano depois, em 1998, a Rússia enfrentou sua primeira grande crise após a abertura da economia para o capitalismo. Com altas taxas de endividamento, desemprego e índices de crescimento pífios, a turbulência no país afetou a economia do mundo inteiro. Foram cinco interrupções das operações por baixa de 10%, sendo que no dia 10 de setembro o mecanismo foi acionado outra vez.
A data de 10 de setembro de 2008 é a pior da história da bolsa, com duas paralisaões e um encerramento catastrófico com 15,82% de desvalorização.