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Bolsonaro sobre inflação: 'Ninguém vai usar caneta BIC para tabelar'

Presidente afirmou em live que está pedindo aos donos de supermercados lucro perto de zero neste ano no caso de produtos essenciais

Economia|Márcio Pinho, do R7

O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (8) que está pedindo aos donos das principais redes de supermercados do país e à Abras (Associação Brasileira de Supermercados), que os empresários evitem aumentar o preço dos produtos essenciais e que, se necessário, tenham neste ano lucro próximo a zero. As conversas acontecem após o preço de itens como o arroz disparar.

Bolsonaro afirmou que não irá usar a caneta "BIC", como costuma se referir à caneta que utiliza para assinar medidas do governo, para fazer tabelamento de preços, prática que remete aos anos de hiperinflação no país. "Ninguém vai usar caneta "BIC" para tabelar nada", afirmou.

Os alimentos que estão impactando o orçamento das famílias

Segundo o presidente, um dos argumentos é o momento delicado da economia em razão da pandemia de covid-19 e o esforço do governo para dar renda à parte da população com a criação do auxílio emergencial de R$ 600 ou R$ 1.200, no caso de mães chefe de família.


"Tenho conversado com donos de redes de supermercados, o presidente da associação, fazendo um apelo, [dizendo] que nós criamos o auxílio emergencial para exatamente dar oportunidade para quem perdeu o emprego comer. Foram quase 40 milhões de informais com lucro quase zero. Se não fosse isso poderíamos ter problemas seríssimos no Brasil. Tenho apelado para eles", disse. 

Ele citou ainda que outro argumento utilizado é o fato de a próxima safra estar próxima. Para muitos produtos, a colheita coindice com o verão. "A próxima safra começa a ser colhida em dezembro, janeiro, arroz em especial, a tendência é normalizar o preço".


As afirmações foram feitas pelo presidente em live, durante encontro com o grupo Médicos pela Vida.

Segundo o presidente, os ministérios da Economia e da Agricultura buscam medidas para minizar a subida de preços.

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