Brasil cresce 1% em 2017 após dois anos de queda
Resultado do PIB, divulgado nesta quinta-feira (1º), mostra que o país caminha para uma recuperação na economia
Economia|Juliana Moraes, do R7
O resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de 2017 saiu nesta quinta-feira (1º) e mostrou que o país sinaliza uma recuperação na economia. De acordo com dados consolidados, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica), o Brasil cresceu 1% em 2017, depois de dois anos seguidos de queda.
O valor do PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi de R$ 6,6 trilhões em 2017.
As duas quedas consecutivas, em 2015 e 2016, foram de 3,5%. Em comparação aos anos anteriores, em 2017 o país teve altas na Agropecuária (13,0%) e nos Serviços (0,3%), e estabilidade na Indústria (0,0%). Isso quer dizer que, apesar de a economia brasileira apresentar recuperação em 2017, ainda não conseguiu repor as perdas do período de crise, uma vez que o PIB tinha recuado 3,5% nos anos anteriores.
O PIB da Agropecuária em 2017 apresentou o melhor resultado da série histórica iniciada em 1996.
O PIB por pessoa variou 0,2% em termos reais e alcançou R$ 31.587 no ano passado.
A taxa de investimento no ano passado foi de 15,6% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (16,1%).
No quarto trimestre de 2017, o PIB teve alta de 0,1% em relação ao terceiro trimestre. Com isso, o país apresentou o quarto resultado positivo consecutivo nessa comparação. A Indústria e os Serviços cresceram, respectivamente, 0,5% e 0,2%. Já a Agropecuária ficou estável (0,0%).
Em comparação ao quarto trimestre de 2016, o PIB cresceu 2,1% no último trimestre de 2017, o segundo resultado positivo seguido, após um trimestre de estabilidade e 11 trimestres de queda. Os setores que apresentaram crescimento foram: Agropecuária (6,1%), Indústria (2,7%) e Serviços (1,7%).
Em 2017, a alta na Agropecuária aconteceu devido ao desempenho da agricultura. O destaque vai para as lavouras do milho (55,2%) e da soja (19,4%).
A Indústria teve destaque na atividade Indústrias Extrativas (4,3%). A Construção, por sua vez, apresentou queda de 5,0%. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e Indústria de transformação avançaram, respectivamente, 0,9% e 1,7%.