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Brasil fecha mais empresas do que abre pelo 4º ano seguido, diz IBGE

O estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2017 mostra que em quatro anos o Brasil perdeu 316.680 empresas

Economia|Márcia Rodrigues, do R7

Estudo do IBGE aponta que 699,4 mil empresas fecharam as portas em 2017
Estudo do IBGE aponta que 699,4 mil empresas fecharam as portas em 2017

Pelo quarto ano consecutivo, o Brasil registrou em 2017 mais fechamento do que abertura de empresas, segundo levantamento o Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Em 2017, enquanto 699,4 mil companhias encerraram suas atividades, apenas 676,4 mil começaram o negócio – 503,21 nasceram naquele ano e 173,23 reativaram suas atividades –, o que contabiliza um saldo negativo de 23 mil empresas.

Em quatro anos, o Brasil já perdeu 316.680 empresas.


No ano, havia 4,5 milhões de empresas ativas, que ocupavam 38,4 milhões de pessoas. Desse total, 31,9 milhões (83,1%) eram assalariadas e 6,5 milhões (16,9%) sócias ou proprietárias.

Ocupação de assalariados tem saldo positivo

No período, a entrada de pessoas assalariadas no mercado formal somou 829,4 mil (alta de 2,6%). A saída correspondeu a 469,4 mil (perda de 1,5%).


A diferença entre entradas e saídas resultou em um saldo positivo de pessoal assalariado de 360 mil pessoas.

Maioria das novas empresas tem apenas o dono

A movimentação das empresas de menor porte foi predominante em 2017, tanto em relação às entradas quanto em relação às saídas.


Segundo o estudo, 73,9% da companhias que entraram no mercado não tinham empregados, mas apenas sócios e proprietários, e 23,9% possuíam de um a nove funcionários.

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Da mesma forma, com relação às saídas, 82,8% não tinham empregados, e 16,2% registravam de um a nove funcionários.

Ou seja, 97,8% das empresas que entraram no mercado e 99% das que saíram, em 2017, possuíam até nove empregados.

Menos da metade das empresas abertas sobreviveram

As empresas que nasceram em 2008 tiveram as maiores taxas de sobrevivência num período de cinco anos.

Do total de empresas que nasceram em 2008 (558,6 mil), 81,5% sobreviveram até 2009, 70,8% sobreviveram após dois anos, 61,0% após três anos e 47,8% após cinco anos.

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As menores taxas de sobrevivência foram observadas dentre as empresas que nasceram em 2013: 71,9% sobreviveram após 1 ano, 61,0% após 2 anos, 51,5% após 3 anos e 42,6% após cinco anos.

Número de empreendedores é o menor da série histórica

Das empresas ativas em 2017, 20 306 eram consideradas de alto crescimento ou empreendedoras.

Essa classificação ocorre porque elas registraram aumento no volume de empregados em pelo menos 20% ao ano, em média, por um período de três anos consecutivos, e tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação.

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Esse foi o menor número da série iniciada em 2008 (30.954). O maior foi em 2012 (35.206).

Essas empresas representavam 0,5% das empresas ativas, 0,8% das empresas com pessoas ocupadas assalariadas e 4,5% das empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas.

Elas foram responsáveis pela absorção de 7,9% das pessoas assalariadas (2,5 milhões) e pelo pagamento de 6,9% dos salários e outras remunerações.

Entre 2016 e 2017, houve redução do número de empresas de alto crescimento, tanto em termos absolutos (692 empresas) como relativos (3,3%), com a queda abrangendo 8 das 11 seções analisadas.

Construção e educação registraram maior queda

As maiores perdas em valores absolutos foram nas seções comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (1.570) e construção (1.030).

Construção (-35,5%) e Educação (-31,4%) destacaram-se em termos relativos.

Informação e comunicação apresentou a menor redução (-4,5%).

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