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Brasil ganha 23 milhões de novos lares em 12 anos, indica Censo 2022

Número total de domicílios existentes no país supera os 90,7 milhões, um salto de 34% desde 2010

Economia|Do R7

Número de residentes em cada domicílio recua 15,7%
Número de residentes em cada domicílio recua 15,7%

O número de domicílios existentes no Brasil disparou 34,2%, de 67,6 milhões para 90,7 milhões, entre os anos de 2010 e 2022, de acordo com dados apresentados nesta quarta-feira (28) pelo Censo Demográfico 2022, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com o aumento do número de lares, os dados mostram que o número de moradores em cada domicílio caiu em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Na média nacional, a queda foi de 15,7% no período de 12 anos, de 3,31 para 2,79.

Nos domicílios particulares permanentes, 72,4 milhões (80%) estão ocupados, ainda que o número represente uma queda na proporção de ocupação. Em 2010, 85,1% das residências particulares (57,3 milhões) encontravam-se ocupadas permanentemente.

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Por outro lado, há 11,4 milhões de lares permanentes vagos (12,6%), número que corresponde a uma alta de 3,5 pontos percentuais na comparação com o estudo de 2010. Os dados do recorte variam de maneira diferente entre as regiões, com a liderança do Nordeste (15%) ainda motivada pelo alto índice de vacância em municípios situados no interior dos estados. 


Uso ocasional

Responsáveis por 7,4% do total de lares particulares permanentes, as residências de uso ocasional são 6,7 milhões no Brasil. O Distrito Federal destaca-se por possuir um percentual significativamente inferior às demais unidades da federação, com somente 2,9% de domicílios de uso ocasional.

Assim como verificado nos censos anteriores, os municípios com maiores proporções de domicílios de uso ocasional são predominantemente localizados no litoral e com marcante presença de atividade econômica ligada ao turismo, afirma o IBGE.


O Rio Grande do Sul é destaque entre as cidades com maior percentual de residências de uso ocasional, com seis das sete líderes do ranking. São elas: Arroio do Sal (72,3%), Xangri-lá (70,5%), Cidreira (68%), Palmares do Sul (64,3%), Balneário Pinhal (63,4%) e Imbé (63%).

Única intrusa do ranking, Jaguaruna está localizada no estado de Santa Catarina, onde 63,7% dos domicílios são apenas de uso ocasional. Apesar de um único município entre os líderes, o estado é responsável pelo maior percentual de residências de uso ocasional.

Quando o recorte é ampliado para as concentrações urbanas, os destaques continuam no litoral e ficam por conta das áreas Tramandaí — Osório (RS), Caraguatatuba — Ubatuba — São Sebastião (SP) e Guarapari (ES), onde, respectivamente, 45,3%, 40% e 33,6% dos domicílios são utilizados apenas ocasionalmente. 

Censo 2022

Inicialmente programado para ser coletado em 2020, o Censo Demográfico foi adiado devido à pandemia do coronavírus. No ano seguinte, sofreu novo adiamento, por falta de orçamento. Após determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), o governo federal liberou os R$ 2,3 bilhões necessários para a realização da operação censitária.

O estudo, realizado a cada dez anos, é essencial para mostrar uma fotografia detalhada dos brasileiros e as principais características socioeconômicas do país. Os dados divulgados nesta quarta-feira (28) representam apenas o primeiro recorte do levantamento.

Para a coleta do Censo 2022, foram realizados 62,4 milhões de entrevistas básicas (26 questões) e 7,8 milhões de questionários ampliados (77 questões), fruto de 68,7 milhões de entrevistas presenciais, 362.563 preenchimentos online e 412.725 coletas por telefone. A recusa a participar do estudo superou 1 milhão de domicílios.

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