Brasil tem 5 milhões que trabalham menos do que gostariam, diz IBGE
Número de profissionais subutilizados por insuficiência de horas trabalhadas reflete em colocações ruins
Economia|Do R7
O número de trabalhadores subutilizados por insuficiência de horas trabalhadas recuou 12,4% entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023, mas ainda atinge 5,1 milhões de brasileiros.
O número apresentado nesta sexta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reflete a quantidade de pessoas alocadas em colocações ruins, que exigem poucas horas de trabalho e consequentemente pagam menos.
De acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), a redução é ainda maior na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Brasil tinha 6,6 milhões de pessoas na situação.
Ao mesmo tempo, a taxa composta de subutilização ficou estável em relação ao trimestre finalizado em novembro de 2022 e corresponde a 18,8% dos brasileiros. O percentual equivale a uma queda de 4,7 pontos percentuais na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro de 2022 (23,5%).
A taxa composta de subutilização percentual equivale ao número de pessoas desempregadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada.
Entre o total da população subutilizada (21,6 milhões de pessoas), o número também corresponde a uma estabilidadeno fim de fevereiro, ante os três meses anteriores (21,9 milhões). Na comparação anual, houve um recuo de 20,7% (menos 5,7 milhões).