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Busca por crédito cai 8% em janeiro, mas sobe 22% ante 2020

Taxa maior do que em janeiro do ano passado é motivada por recuperação econômica pós pandemia do novo coronavírus

Economia|

Setor de supermercados foi um dos que mais buscou crédito em comparação com
2020
Setor de supermercados foi um dos que mais buscou crédito em comparação com 2020 Setor de supermercados foi um dos que mais buscou crédito em comparação com 2020

A taxa que mede a busca por financiamento no Brasil cresceu 22% em janeiro na comparação com igual mês de 2020, informa a Neurotech. No entanto, o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) fechou o primeiro mês de 2021 com queda de 8% em relação a dezembro do ano passado. O declínio do indicador, que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços, foi motivado por fatores sazonais, conforme a nota.

O setor de serviços liderou a demanda por crédito em janeiro no confronto com o mesmo mês de 2020, ao mostrar expansão de 62%. Na sequência, aparecem bancos e financeiras, com alta de 19%, enquanto o varejo apresentou crescimento de 17% na comparação interanual.

Já em relação a dezembro, houve queda de 30% na busca por crédito no varejo brasileiro. Em contrapartida, bancos e financeiras registraram alta de 3%.

O recuo observado no setor varejista em janeiro em relação ao mês anterior é considerado "normal" devido à sazonalidade, afirma o diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech, Breno Costa. "Historicamente, janeiro e fevereiro são meses de baixa para o comércio", recorda. A expectativa de menos demanda por crédito neste ano, diz, não deve ser diferente, já que "tem o agravante de menos pessoas consumindo, com maior desemprego e maior endividamento."

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A despeito da conjuntura econômica menos favorável, Costa ressalta que a procura por crédito tem demonstrado consistência na recuperação pós-pandemia de covid-19. Desde março e abril de 2020, ápice do isolamento social por causa do novo coronavírus, a busca por financiamento tem apresentado alta em quase todos os meses, com exceção de outubro (estabilidade), novembro (-4%) e agora janeiro (-8%).

Costa afirma que há um apetite do brasileiro a crédito. "O consumo foi impossibilitado no início da pandemia, o que gerou a forte alta da demanda por recursos a partir de maio. Depois deste movimento, o comportamento está mais tímido, até por conta de toda a incerteza que ainda paira na economia. Mesmo assim, a tendência de crescimento continua", estima.

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Ao avaliar o varejo de forma isolada, o levantamento da Neurotech mostra que houve queda na demanda por crédito no segmento de bens de consumo não essenciais em janeiro de 2021 ante o mesmo mês de 2020. Houve recuo de 6% em eletrônicos, retração de 4% em vestuário, declínio de 41% em lojas de departamento e baixa de 11% em móveis. Os recuos, avalia Costa, estão relacionados aos fatores macroeconômicos, como aumento do desemprego, fim do auxílio emergencial e alta dos preços.

A retração vista nas categorias acima, no entanto, vai na contramão da do crescimento de 87% na busca por crédito em supermercados. "As pessoas estão priorizando os bens de primeira necessidade e adiando as decisões de consumo de bens supérfluos diante do cenário ainda incerto marcado pela segunda onda da pandemia e demora na vacinação", afirma.

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