Caixa reduz juros imobiliários e dá 6 meses de carência a compradores
Redução da taxa de juros a TR + 6,25% ao ano torna prestação inicial de um financiamento de R$ 200 mil a ser pago em 360 meses 25% mais barata
Economia|Do R7
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (14) uma redução das taxas de juros para o financiamento imobiliário e comunicou que vai manter a carência de pagamento por seis meses para quem adquirir a casa própria até o final de 2020.
De acordo com o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, a taxa de juros praticada para os financiamentos firmados após a quinta-feira da semana que vem (22) será entre TR + 6,25% ao ano e TR + 8% ao ano. A taxa mínima é 2,5 pontos percentuais inferior à praticada em dezembro de 2018.
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Com a alteração, um financiamento de R$ 200 mil em 360 meses terá uma parcela inicial de R$ 1.568,52, valor 25% inferior ao cobrado ao final de 2018 (R$ 1.958,48).
A Caixa estima conceder mais de R$ 14 bilhões em crédito imobiliário com o uso de recursos da poupança (SBPE) até o fim deste ano com a nova redução das tarifas.
Carência
Guimarães também anunciou que os contratos firmados com Caixa para a compra do imóvel até o dia 30 de dezembro serão isentos do pagamento por seis meses. O período é o mesmo que tiveram direito os proprietários de imóvel desde o início da pandemia do novo coronavírus.
"Isso é muito importante porque ainda estamos com os efeitos da pandemia. Apesar de o preço dos imóveis já estarem se recuperando, nós estendemos que há um espaço para a população continuar comprando e ter esses seis meses de carência", afirmou o presidente da Caixa.
No período, o comprador pagará apenas seguros e a taxa de administração do contrato. De acordo com o banco estatal, a medida deve beneficiar 30 mil clientes até o final deste ano.
Para aqueles com o contrato imobiliário ainda vigente, a Caixa anunciou a possibilidade do pagamento de 75% ou 50% das prestações nos próximos meses. "Se você tem uma prestação de R$ 2.000, você pode pagar R$ 1.500 por seis meses. Ou pode ter uma redução ainda maior e pagar metade do valor [R$ 1.000] por três meses", disse Guimarães.