CNU 2025: especialista dá dicas para administrar o tempo durante as provas objetivas
Ao todo, 761.528 inscrições foram confirmadas pelo governo, com candidatos vindos de 4.951 municípios
Economia|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Concurseiros de todo o Brasil se preparam para realizar, neste domingo (5), as provas objetivas do CNU (Concurso Público Nacional Unificado) de 2025.
O certame oferece 6.652 vagas em 32 órgãos federais, sendo 2.480 imediatas e 1.172 para provimento de curto prazo após a homologação dos resultados.
Ao todo, 761.528 inscrições foram confirmadas, com participantes de 4.951 municípios de todos os estados.
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Segundo Bruno Bezerra, professor do Estratégia Concursos, um dos grandes desafios será administrar o tempo durante a aplicação do chamado “Enem dos Concursos”.
Ele alerta ainda para o estilo da banca organizadora, a FGV (Fundação Getulio Vargas), conhecida por elaborar questões longas, com enunciados densos e cansativos.
“Considerando candidatos de nível superior (blocos 1 a 7), serão 5 horas para 90 questões; para nível intermediário (blocos 8 e 9), 3h30 para 68 questões. A média corresponde a cerca de 3 minutos por questão, incluindo o tempo de marcação do gabarito”, explicou.
🎯Estratégias
Bezerra recomenda adotar práticas de controle do tempo, como:
- Não insistir em uma questão difícil no início – se aparecer um enunciado muito longo logo no começo, deve ser marcado e deixado para o final. Gastar 15 minutos em uma única questão pode significar perder quatro outras.
- Começar pelas disciplinas dominadas – iniciar pelas matérias em que há maior segurança ajuda a ganhar confiança e ritmo, reduzindo a pressão inicial.
- Ler enunciados com atenção – a FGV costuma inserir pegadinhas, pedindo alternativas incorretas ou falsas. Grifar palavras-chave evita distrações.
- Fazer pequenas pausas – em provas extensas, a mente se cansa. Uma rápida pausa para beber água ou comer algo ajuda a recuperar foco. Manter a calma é essencial, lembrando que a prova difícil será difícil para todos.
- Chutar de forma estratégica – se faltar tempo, é melhor escolher sempre a mesma alternativa, preferencialmente a menos marcada ao longo da prova. A distribuição costuma ser equilibrada, aumentando a chance de acerto.
“Administrar bem o tempo significa priorizar, manter tranquilidade e usar estratégia. Isso pode ser tão decisivo quanto o conhecimento do conteúdo”, destacou.
❌ Erros comuns
Mesmo candidatos bem preparados podem perder pontos por falhas de atenção, sobretudo sob pressão. Entre os deslizes mais frequentes estão:
- Trocar o que o enunciado pede – muitas vezes a banca solicita a alternativa incorreta, mas, na pressa, o candidato escolhe a correta.Como evitar: grifar palavras-chave como “não”, “exceto” ou “incorreta”.
- Leitura superficial de textos longos – pular trechos pode levar à perda de informações essenciais.Como evitar: treinar leitura detalhada e sublinhar dados relevantes.
- Cair em alternativas “quase certas” – opções muito próximas da correta podem conter pequenos erros, como datas trocadas ou conceitos invertidos.Como evitar: revisar cada alternativa até o fim antes de marcar.
- Erro de marcação no gabarito – nervosismo pode levar a pular uma linha e comprometer toda a sequência.Como evitar: reservar de 10 a 15 minutos no final só para preencher o cartão com calma.
- Perder tempo excessivo em uma questão – insistir em algo difícil pode comprometer várias outras.Como evitar: marcar, pular e retornar no fim, se sobrar tempo.
“Mais do que dominar o conteúdo, é preciso controlar a ansiedade, manter foco na leitura e adotar técnicas de conferência para transformar conhecimento em pontos”, disse Bezerra.
✍️Chutes
Na prova de múltipla escolha do CNU não há penalização por erro, portanto deixar questões em branco nunca é recomendável.
“O excesso de confiança pode prejudicar quando o candidato chuta sem antes tentar recuperar a resposta pela memória ou aplicar técnicas de eliminação de alternativas. Isso eleva o risco de erros desnecessários.”
Segundo Bezerra, o chute deve ser recurso de último caso, sempre após leitura cuidadosa e exclusão de opções incorretas. Esse processo tende a aumentar a chance de acerto.
Uma forma eficiente de organizar os chutes é observar a distribuição das respostas. Em uma prova com 90 questões, costuma haver cerca de 18 alternativas para cada letra.
Assim, ao fim, o candidato pode identificar a menos marcada e direcionar os chutes para ela, equilibrando estatisticamente as chances.
“O chute é útil e até necessário, mas deve ser estratégico, consciente e equilibrado. Confiar só nele, sem raciocínio ou tentativa de resolução, pode reduzir pontos; usá-lo de maneira inteligente pode render ganhos importantes”, concluiu.
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