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Comércio atacadista bate recorde e chega a 1,9 milhão de pessoas ocupadas

Resultado é o maior da série histórica do IBGE; trabalhador do setor recebe, em média, 2,9 salários mínimos

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília


Segmento figurou com 18,4% do total de pessoas ocupadas Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O número de pessoas que trabalham no comércio no Brasil chegou a 10,3 milhões em 2022, o maior resultado desde 2015. Desse total, o comércio atacadista é responsável por empregar 1,9 milhão de pessoas, maior resultado da série histórica. Os dados são da PAC (Pesquisa Anual do Comércio) 2022, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Apesar do recorde do setor atacadista, a maioria da massa trabalhadora (7,6 milhões) ainda se concentra no comércio varejista. Em terceiro lugar, com 846,2 mil trabalhadores, aparece o comércio de veículos, peças e motocicletas.

Este último, teve a maior queda de representatividade entre 2013 e 2022, com perda de quatro pontos percentuais. O comércio varejista perdeu 2,7 pontos percentuais. Já o comércio por atacado avançou 6,7 pontos percentuais no mesmo período.

Ao todo, os 10,3 milhões de trabalhadores do comércio estavam empregados em 1,4 milhão de empresas comerciais e receberam R$ 318 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, em 2022.


Ranking de pessoal ocupado

Nos últimos 10 anos, a atividade de hipermercados e supermercados foi a que mais cresceu em termos absolutos. Em contrapartida, as três maiores quedas ocorreram no segmento de comércio varejista.

Veja abaixo o ranking de maiores aumentos (em pessoas):

Hipermercados e supermercados: de 1,14 milhão em 2013 para 1,53 milhão em 2022 (variação de 392,1 mil).


Comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos: de 731,1 mil em 2013 para 880,1 mil em 2022 (variação de 149 mil).

Comércio por atacado de matérias-primas agrícolas e animais vivos: de 78,1 mil em 2013 para 112,7 mil em 2022 (variação de 34,6 mil).


Veja abaixo o ranking de maiores reduções (em pessoas):

Comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho: de 1,35 milhão em 2013 para 1,06 em 2022 (queda de 289.9 mil).

Comércio varejista de material de construção: de 964,7 mil para 854,3 mil (queda de 110,4 mil).

Comércio varejista de produtos novos e usados sem especificação: de 597,1 mil para 519,7 mil (queda 77,4 mil).

Salário médio

Os brasileiros que trabalham no setor comercial recebem, em média, dois salários mínimos, o maior patamar da série histórica. O comércio por atacado liderou com o maior salário médio (2,9 salários mínimos), seguido pelo comércio de motocicletas, peças e veículos (2,3 salários mínimos) e pelo comércio varejista (1,7 salário mínimo).

Na comparação com 2013, os três segmentos apresentaram um discreto aumento da remuneração paga. O comércio por atacado e o de veículos, peças e motocicletas registraram um aumento de 0,1 salário mínimo, cada, enquanto o comércio varejista aumentou teve alta de 0,2 salário mínimo na última década.

Em 2022, os maiores salários pagos se encontravam nos seguintes segmento do comércio por atacado:

Comércio por atacado de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive TI e comunicação: 4,4 salários mínimos.

Comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes: 4,4 salários mínimos.

Comércio por atacado de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos, ortopédicos, material de escritório, papelaria e artigos de uso doméstico: 4,1 salários mínimos.

Em contrapartida, os menores salários foram constatados nas atividades de representantes e agentes do comércio (1,3 salário mínimo) e de comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3 salário mínimo).

Receita

As empresas comerciais registraram uma receita bruta de R$ 7,2 trilhões. Deste total, R$ 621,1 bilhões foram provenientes do comércio de veículos, peças e motocicletas; R$ 3,7 trilhões, do comércio por atacado; e R$ 2,9 trilhões, do comércio varejista.

Em 2022, entre os 22 agrupamentos do setor comercial, três segmentos se destacaram por gerar a maior parte da receita operacional líquida:

• comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes (12,7%);

• hipermercados e supermercados (11,4%);

• comércio por atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,6%).

Entre os 22 agrupamentos de atividades, o comércio de veículos automotores foi o que mais perdeu em participação do total da receita do comércio, com queda de 3,6 pontos percentuais entre 2013 e 2022.

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