Confiança do consumidor avança e atinge maior nível desde novembro
Indicador alcançou os 80,9 pontos com a melhora da situação atual e também das perspectivas futuras
Economia|Do R7
O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) subiu 4,7 pontos em junho e alcançou os 80,9 pontos. Trata-se do maior patamar para o indicador desde novembro de 2020 (81,7 pontos), de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (22), pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Na comparação trimestral, o índice interrompeu a sequência de seis meses consecutivos de queda e subiu 4,2 pontos no acumulado entre abril e junho.
Para a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a confiança dos consumidores segue em trajetória de recuperação devido à melhora da situação atual e também das perspectivas futuras.
"Pela primeira vez desde julho do ano passado, a intenção de compras de bens duráveis avança de forma mais expressiva, o que parece relacionado a um maior otimismo em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses, ainda que existam diferenças entre as faixas de renda”, afirma ela.
Em junho, houve melhora tanto da percepção dos consumidores sobre o momento atual quanto das expectativas em relação aos próximos meses. O ISA (Índice de Situação Atual) subiu 2,9 pontos, para 71,6 pontos, enquanto o IE (Índice de Expectativas) cresceu 5,9 pontos, para 88,3 pontos, ambos atingem o maior patamar desde novembro de 2020, mas ainda baixo em termos históricos.
A análise por faixas de renda revela melhora da confiança em todas as famílias, com destaque para os consumidores com maior poder aquisitivo, com renda acima de R$ 9.600. Para o grupo, ICC aumentou 4,6 pontos para 89,9 pontos, maior nível desde fevereiro do ano passado, último mês sem os impactos da pandemia do novo coronavírus na economia.