Confira os cinco golpes mais comuns nas festas de fim de ano e saiba como se proteger

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) alertou os consumidores sobre o aumento de golpes no fim de ano. Com o pagamento do 13º e a proximidade do Natal, os consumidores costumam sair às compras no varejo de rua, shoppings e e-commerce. Para a instituição, o cuidado deve ser redobrado com senhas e cartões, além da desconfiança em promoções muito vantajosas. Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio), as vendas no final de 2024 devem movimentar cerca de R$ 70 bilhões neste ano, representando um crescimento de 1,3% em relação ao ano passado.

Outra pesquisa, realizada pela Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados, com o DataSenado, mostra que um em cada quatro brasileiros já caiu em algum golpe e perdeu dinheiro. São Paulo é o estado com o maior número de casos, enquanto o Ceará apresenta o menor. Para auxiliar os consumidores a terem um fim de ano tranquilo, a Febraban divulgou uma lista das práticas mais comuns nesta época do ano, além de dicas para se proteger.

Em compras na internet, a Febraban recomenda que o consumidor sempre prefira sites conhecidos, e digite o endereço da loja no navegador de internet. “Desconfie das promoções cujos preços sejam muito menores que o valor real do produto e pesquise a média de preços em vários sites conhecidos”, afirma José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Em compras no comércio de rua, Gomes também alerta que é preciso redobrar os cuidados com o cartão. “Passe você mesmo o cartão na maquininha, sempre confira o valor antes de digitar a senha e, ao terminar de realizar uma compra, verifique se o cartão devolvido é realmente o seu”, acrescenta.

Golpes mais comuns

Falsa venda

Nessa modalidade, os criminosos utilizam páginas falsas, promoções inexistentes e mensagens fraudulentas para enganar os consumidores. Nesses casos, a desconfiança deve estar sempre presente. O produto ofertado está com o preço muito abaixo do que é praticado no comércio em geral? O vendedor está pressionando para que você feche a compra rapidamente, alegando que o produto pode ficar indisponível? A chance de ser um golpe é grande.

“O consumidor deve ficar muito atento. Se o produto tem um preço médio de R$ 1.000,00 no comércio, mas alguém está anunciando o mesmo item por R$ 300,00, desconfie. Há fotos e vídeos com resultados milagrosos de antes e depois? A loja oferece poucas opções de pagamento? O e-commerce é recém-criado em redes sociais? Desconfie, porque pode ser golpe”, alerta a instituição.

• Dica: Muitos criminosos, ao clonarem páginas de comércios existentes, induzem o consumidor ao erro colocando uma letra a mais no endereço do site, muitas vezes imperceptível, ou trocando uma letra “o” por um número “0″.

Phishing

A “pescaria digital” é uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais das vítimas. A forma mais comum é o envio de e-mails ou mensagens falsas com links suspeitos. “Sempre verifique se o endereço da página da internet é o correto. Para garantir, não clique em links. Além disso, nunca acesse links ou anexos de e-mails suspeitos. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados”, orienta a federação.

Troca do cartão

Nessa modalidade, os golpistas trocam o cartão da vítima após a senha ser digitada na maquininha. A partir daí, realizam compras utilizando o dinheiro da conta do cliente.

• Dica: Ao fazer uma compra com seu cartão físico, lembre-se dos “Sempre”: sempre cheque o valor na tela da maquininha, sempre confira se o cartão que devolveram é o seu e sempre passe o seu próprio cartão na maquininha. Não entregue seu cartão para ninguém.

Maquininha quebrada

Esse golpe ocorre durante o pagamento, quando o golpista afirma que o visor do aparelho está danificado ou não mostra claramente o valor cobrado. Assim, a cobrança é feita com um valor bem superior ao que foi pedido.

• Dica: Se alguém pedir para você passar o cartão em uma maquininha com a tela quebrada, não o faça. É golpe. Se essa situação ocorrer, recuse-se a fazer o pagamento.

Golpe do brinde

Após obter dados pessoais, criminosos entram em contato com a vítima e afirmam que têm um brinde para entregar, insistindo para a pessoa receber o presente pessoalmente. Eles podem até entregar algo, como flores ou cosméticos. Alegam ser prestadores de serviços e que não sabem quem realmente pediu a entrega. No entanto, pedem um pagamento de uma taxa, que só pode ser paga com cartão.

O entregador pode entregar uma maquininha com visor danificado. Em outra variação desse golpe, o criminoso solicita que a vítima faça uma selfie para receber o brinde. Ao fazer isso, o golpista coloca uma fita isolante no celular ou tampam os campos do aplicativo para que a vítima não perceba que está em um aplicativo bancário e prestes a fazer uma autenticação biométrica para uma operação de crédito.

• Dica: O sistema biométrico é uma tendência em vários tipos de operações de reconhecimento, não só no sistema bancário. As ferramentas bancárias são sofisticadas e conseguem identificar a pessoa que está fazendo a autenticação naquele momento, assegurando que ela esteja viva. Isso impossibilita que o criminoso use uma foto da vítima para aplicar um golpe no sistema bancário.