Consumidores do Norte e Nordeste pagam gasolina mais cara do país em 2024
Levantamento da ANP considera os preços praticados em 122 mil postos de combustíveis de todo o país; Acre lidera lista
Economia|Hellen Leite, do R7, em Brasília
Os dez estados com a gasolina mais cara do Brasil no primeiro semestre de 2024 estão nas regiões Norte e Nordeste. Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Rio Grande do Norte lideram a lista, com o preço médio do litro chegando a R$ 6,38 — 10% acima da média nacional de R$ 5,78 para o período. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e consideram os preços praticados entre janeiro e junho em 122,5 mil postos de combustíveis em todo o país.
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O Acre foi o estado com a gasolina mais cara do Brasil no primeiro semestre de 2024. Dados mostram que o preço médio do litro no estado foi de R$ 6,98. Além disso, diversos postos no Acre, especialmente em Cruzeiro do Sul, venderam gasolina a preços superiores a R$ 7. Até o momento, nenhum posto no estado registrou preços abaixo de R$ 6,49, valor também acima da média nacional.
Em seguida, o Amazonas apresentou o litro da gasolina a uma média de R$ 6,43. A cidade de Tefé, localizada a aproximadamente 523 quilômetros de Manaus, teve a gasolina mais cara no estado, com preços chegando a R$ 7,80.
Em Rondônia, o preço médio foi de R$ 6,38, enquanto em Roraima a média foi de R$ 6,09. O quinto maior preço foi registrado no Rio Grande do Norte, com uma média de R$ 6,07.
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Segundo a ANP, o preço dos combustíveis para o consumidor final varia devido a vários fatores, como os preços nas refinarias, os impostos estaduais e federais (como PIS/Pasep, Cofins, Cide e ICMS), os custos operacionais das empresas, os biocombustíveis adicionados ao diesel e à gasolina, e as margens de lucro de distribuição e revenda.
Nesta quarta-feira (18), a Petrobras enviou um comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) desmentindo rumores sobre uma possível redução nos preços dos combustíveis. A empresa explicou que ajustes nos preços fazem parte de suas operações regulares e ocorrem conforme necessário. Quando há mudanças, a tabela de preços é atualizada e comunicada imediatamente aos clientes pelos canais oficiais.
A Petrobras ressaltou que qualquer ajuste será feito com base em análises técnicas detalhadas e independentes, levando em consideração sua posição no mercado e a eficiência de suas operações de refino e logística, de acordo com sua estratégia comercial.