Consumo das famílias cresce 0,7% no 1° trimestre de 2022
Impulsionado pelo retorno das atividades presenciais, índice avançou 0,2% em comparação ao mesmo período do ano passado
Economia|Camila Nascimento, do R7*
![Consumo das famílias aumentou pelo terceiro trimestre consecutivo](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/7KJVOD2UZ5LVLG5WJPLSETG6NY.jpg?auth=8097c5d018164d1b45acfd14aa67a66a4b62cec27b8ff1029979d14253a212b4&width=1070&height=934)
O consumo das famílias cresceu 0,7% no primeiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, e contribuiu para a alta de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
O desempenho do segmento entre janeiro e março foi impulsionado, principalmente, pelo retorno das atividades presenciais, de acordo com dados revelados nesta quinta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado corresponde à terceira variação positiva consecutiva do índice, que mantém a trajetória de alta desde a estabilidade registrada no segundo trimestre do ano passado (0%). Já em comparação ao mesmo período do ano anterior, o consumo das famílias aumentou 0,2%.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o aumento do consumo "também está relacionado aos serviços que são principalmente feitos de forma presencial, como as atividades ligadas a viagens”.
O consumo do governo, por sua vez, aumentou 0,1%, mas caiu 0,8% em comparação com o trimestre anterior. Já em relação ao mesmo período de 2021, o índice cresceu 0,4%.
Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) caíram 3,5%. “Essa queda foi impactada pela diminuição na produção e importação de bens de capital, apesar de a construção ter crescido no período”, explica Palis. No primeiro trimestre, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, ficando abaixo da registrada no mesmo período do ano passado (+19,7%).
Já as importações tiveram queda de 4,6%, ficando abaixo do registrado há um ano (+11,3%). As exportações cresceram 5%, percentual maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2021 (+2,3%).
*Camila Nascimento, estagiária sob supervisão de Alexandre Garcia