Conta de luz não terá tarifa extra em dezembro após sete meses
Agência Nacional de Energia Elétrica estima que o período chuvoso eleve o nível de produção de energia pelas usinas hidrelétricas
Economia|Alexandre Garcia, do R7
As contas de luz do mês de dezembro receberão bandeiras tarifárias na cor verde pela primeira vez desde o mês de abril, afirmou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (30).
A sinalização indica que os consumidores não terão custo adicional no consumo da energia no próximo mês. Em novembro, a bandeira tarifária figurou na cor amarela, que deixa a conta de luz R$ 0,01 (um centavo) mais caras para cada quilowatt-hora consumido.
O recuo para a bandeira amarela surgiu após cinco meses da tarifa na colocação vermelha patamar 2, aquela com maior custo adicional de R$ 0,05 (cinco centavos) para cada quilowatt-hora kWh consumido, a mais cara do sistema.
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De acordo com o órgão regulador, a decisão surge mesmo com os reservatórios em níveis reduzidos e estima que o período chuvoso eleve o nível de produção de energia pelas usinas hidrelétricas.
A Aneel também observa a recuperação do fator de risco hidrológico (GSF), que impulsiona a tendência de queda no Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), no próximo mês. "O GSF e o PLD são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada", afirma o órgão.
Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada e indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
Conheça cada uma das bandeiras tarifárias:
Bandeira verde: indica condições favoráveis de geração de energia e as contas de luz não sofrem nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis deixam as tarifas ficarem R$ 0,01 (um centavo) mais caras para cada quilowatt-hora consumido;
Impostos na conta de luz representam 40% do valor total
Bandeira vermelha 1: condições de geração de energia mais cara faz as contas sofrerem acréscimo de R$ 0,03 (três centavos) para cada quilowatt-hora kWh consumido, e;
Bandeira vermelha 2: condições ainda mais custosas de geração elevam as contas em R$ 0,05 (cinco centavos) para cada quilowatt-hora kWh consumido.