Contas do governo central ganham fôlego em setembro, mas ainda acumulam rombo em 2023
Dados do Tesouro Nacional mostram superávit atípico em setembro vindo de recursos não sacados do PIS/Pasep
Economia|Do R7, com Reuters
O governo central registrou superávit primário de R$ 11,54 bilhões em setembro. O resultado foi fortemente impactado por ganhos atípicos, informou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira (27). Porém, o número não reverteu o rombo registrado nos primeiros nove meses deste ano.
Esse indicador, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado melhor que o saldo positivo de R$ 10 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters.
Também ficou um pouco acima do saldo positivo de R$ 10,93 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado. Em setembro, as despesas totais do governo cresceram 11,5% acima da inflação na comparação com o mesmo mês de 2022, ritmo mais forte do que a alta de 10,7% observada na receita líquida, que desconta as transferências a Estados e municípios.
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As receitas do governo foram impactadas principalmente por um ganho atípico de R$ 26 bilhões que vieram da entrada de recursos não sacados do PIS/Pasep.
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, as contas federais registraram déficit de R$ 93,37 bilhões, ante um superávit de R$ 33,82 bilhões no mesmo período de 2022.
Em 12 meses até setembro, o saldo ficou negativo em R$ 71,4 bilhões. Em dados corrigidos pela inflação, o déficit corresponde a 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto), que mede o tamanho da economia de um país.