A economia remota ganhou força durante a pandemia, o novo modelo permitiu aumento de produtividade e facilitou a capacidade de fazer negócios em qualquer lugar do mundo.
O trabalho remoto nem sempre está associado à tecnologia, outras vertentes também foram incluídas nessa evolução.
Gian Sperati, diretor de RH da Gupy, diz que o maior desafio das empresas não é medir os resultados, mas sim, o de gerar o sentimento de pertencer.
“Estar presencial é muito mais fácil do que estar remoto para gerar essa conexão, essa criatividade e senso de pertencimento, cada empresa tem que achar o seu modelo para atuar e funcionar”, destaca Gian.
Gustavo Toledo, Gian Sperati e Denis Medina
DivulgaçãoO economista da FAC-SP, Denis Medina, salienta que no comércio estamos vivendo uma grande mudança, as lojas estão virando showroom, onde o cliente vai pesquisar e de lá mesmo já acessam o e-commerce pelo celular para negociar a compra de um produto.
“As lojas físicas estão criando uma outra função que não tínhamos imaginado anteriormente, pequenos centros de distribuição local que servem tanto para coletar produtos que são vendidos, quanto para distribuir como ponto de saída de pequenos estoques que eles têm para entregas mais próximas e otimizar a logística. O consumidor está cada vez mais com o poder de informação na mão para poder negociar, argumentar e escolher melhor o que buscam” explica Medina.
Novos caminhos foram abertos para as pessoas mais velhas e para diminuir distâncias geográficas. Segundo Gian, a economia remota permitiu novas contratações, pois pessoas que estão em outras cidades passam a ter acesso.
“Geralmente, as posições mais altas de liderança estão nos grandes centros. Era difícil ter uma pessoa em uma cidade mais de interior, trabalhando para uma empresa grande, em um cargo de liderança, hoje isso é mais possível”, ressalta o executivo da Gupy.
Medina, completa: “- As gerações, as pessoas, precisam ver que as coisas estão evoluindo, existem novas necessidades, novas competências surgindo e na verdade estamos ficando cada vez mais diversos. Por exemplo, se tenho uma demanda menor no campo automatizado através de máquinas e equipamentos, gera-se uma outra demanda na indústria para fabricar, dar manutenção, atualizar, softwares de gestão e outros de rastreamento, toda uma economia nova surgindo onde, sem dúvida, as pessoas e governos vão precisar entender quais são essas novas demandas. As novas competências precisam ser desenvolvidas e as pessoas preparadas para novos desafios”.
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