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Custo da cesta básica recua em 17 capitais pelo 2º mês consecutivo, aponta Dieese

As principais quedas foram registradas em Porto Alegre (-3,78%), Florianópolis e Natal (-3,38%) e Salvador (-3,28%)

Economia|Do R7

SP tem a cesta básica mais cara do país, de R$ 786,35 Edu Garcia/R7 - 19.07.2022

O custo da cesta básica se reduziu em 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em agosto, na comparação mensal, pelo segundo mês consecutivo. O levantamento é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). As principais quedas foram registradas em Fortaleza (-6,94%), João Pessoa (-4,10%), Goiânia (-4,04%), Porto Alegre (-3,78%), Florianópolis e Natal (-3,38%) e Salvador (-3,28%).

Na comparação com agosto de 2023, houve aumento no valor do conjunto dos alimentos básicos em nove cidades, sendo as maiores altas em São Paulo (5,06%), Goiânia (4,11%), Belém (3,88%) e Vitória (3,53%). Por outro lado, dentre as oito localidades com registro de queda, as mais significativas ocorreram em Recife (-8,20%) e Aracaju (-4,84%).

Já nos oito primeiros meses deste ano, a maior variação também ocorreu em São Paulo, em que a alta foi de 3,33%, seguido da capital paraense, Belém (3,02%). Na mesma base de comparação, os recuos no custo da cesta básica ocorreram em 11 capitais, com variação entre -3,66%, em Brasília, e -0,02%, em Curitiba e Salvador.

No que diz respeito ao preço da cesta básica, a capital paulista foi a cidade com maior valor registrado (R$ 786,35). Em seguida estão Florianópolis (R$ 756,31), Rio de Janeiro (R$ 745,64) e Porto Alegre (R$ 740,82). O Norte e Nordeste do País, onde há uma composição diferente da cesta, apresentaram os menores valores médios em Aracaju (R$ 516,40),


Recife (R$ 533,12) e João Pessoa (R$ 548,90).

Salário mínimo e tempo

A partir do registro da cesta básica na cidade de São Paulo - a mais custosa em agosto de 2024 -, o Dieese calculou que, no mês, para o salário mínimo suprir as necessidades do trabalhador estabelecidas na Constituição, o valor deveria ser de R$ 6.606,13 ou 4,68 vezes o piso mínimo de R$ 1.412,00.


Em relação ao salário mínimo líquido, descontado de 7,5% da Previdência Social, o instituto observou que, no mesmo período, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média 50,13% do rendimento para obter o conjunto básico dos alimentos.

O tempo necessário para adquirir os produtos da cesta básica em agosto de 2024 foi de 102 horas e 1 minuto. O valor é menor do que em julho do mesmo ano, que chegou a 105 horas e 8 minutos. Já em agosto de 2023, o tempo médio para obter os produtos foi de 109 horas e 01 minuto.

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