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Custo para construir no Brasil ganha ritmo e sobe 1,5% em maio

Variação maior do que a apresentada em abril é puxada pela alta apresentada por materiais, equipamentos e serviços, mostra FGV

Economia|Do R7

Confiança da construção caiu aos 96,3 pontos em maio
Confiança da construção caiu aos 96,3 pontos em maio

O custo para construir no Brasil subiu 1,49% no mês de maio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), da FGV (Fundação Getulio Vargas).

A variação, maior do que a apresentada em abril (0,87%), faz o índice acumular alta de 4,27% no ano e 11,2% nos últimos 12 meses. Em maio de 2021, o índice avançou 1,8% e acumulava alta anual de 14,62%.

No mês, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 1,67%, após variar 1,35% no mês anterior. Outro destaque ficou por conta dos materiais para estrutura, cuja taxa passou de 1,96% para 2,39% na passagem de abril para maio.

Já a variação relativa a serviços passou de 0,73% para 0,92%. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item aluguel de máquinas e equipamentos, que saltou de 1,49% para 2,36%.


A taxa de variação referente ao índice da mão de obra, por sua vez, perdeu força e subiu 1,43% em maio, após variar 0,46% em abril. O resultado impediu um avanço mais significativo do INCC no mês.

Confiança do setor

Em maio, o ICST (Índice de Confiança da Construção) caiu 1,4 ponto em maio, para 96,3 pontos, após alta em abril. Para Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), o resultado mantém o otimismo do setor com uma diferença significativa na comparação com 2021.


"A percepção do empresário da construção é que, a despeito da forte alta das taxas de juros e dos custos em elevação, a situação em 2022 ainda é mais favorável. Nesta comparação com 2021, um grande destaque é a percepção em relação ao nível de atividade, que vem sendo confirmada pelo aumento do emprego com carteira", afirma ela.

A queda do ICST no mês foi influenciada principalmente pela piora na avaliação sobre o momento atual. O ISA-CST (Índice de Situação Atual) recuou 1,9 ponto, para 92,5 pontos, após ter subido por dois meses consecutivos e foi influenciada principalmente pela piora das avaliações dos empresários sobre a situação atual dos negócios, que caiu 3,2 pontos, para 89,7 pontos, menor nível desde julho de 2021 (88,3 pontos).


Já o indicador que mede carteira de contratos cedeu 0,4 ponto, para 95,4 pontos. Do lado das expectativas, o IE-CST (Índice de Expectativas) retraiu 0,7 ponto, para 100,3 pontos, permanecendo ainda acima do nível neutro de 100 pontos. Esse resultado decorre do menor otimismo em relação às perspectivas sobre a demanda nos próximos três meses, que caiu 0,9 ponto, para 102,5 pontos, e da queda de 0,5 ponto do indicador que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses, para 98 pontos.

O NUCI (Nível de Utilização da Capacidade da Construção), por sua vez, ficou relativamente estável ao variar 0,2 ponto percentual, para 76%. O Nuci de Mão de Obra e Nuci de Máquinas e Equipamento seguem direções opostas: o primeiro subiu 0,5 ponto percentual, para 77,5%, e o segundo diminuiu 0,6 ponto percentual, para 71,6%.

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