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Custo para construir no Brasil perde força e fica estável em outubro

Desaceleração do Índice Nacional de Custo da Construção foi puxada por queda no valor dos itens que fazem parte do grupo de materiais, equipamentos e serviços, diz FGV

Economia|Do R7

INCC acumula alta de 8,96% no ano e 10,06% em 12 meses
INCC acumula alta de 8,96% no ano e 10,06% em 12 meses

O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – M) variou 0,04% em outubro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando a taxa registrada foi de 0,1%, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (26) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Com a desaceleração, o índice acumula alta de 8,96% no ano e 10,06% em 12 meses.

No mês, a taxa do índice relativo a materiais, equipamentos e serviços passou de -0,06% em setembro para -0,21% em outubro. Já o índice referente à mão de obra variou 0,31% em outubro, ante 0,26% em setembro.

Dentro dos grupos, a taxa correspondente a materiais e equipamentos caiu 0,32% em outubro, após queda de 0,14% no mês anterior. Entre os subgrupos, três dos quatro componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se a de materiais para estrutura, que passou de -0,42% para -0,78%.

Já o segmento de serviços repetiu a taxa de variação do mês anterior, que foi de 0,34%. Nesse grupo, vale destacar, no sentido descendente, o item carreto para retirada de entulho (0,9% para 0,24%) e, em sentido ascendente, aluguel e máquinas e equipamentos (0,54% para 0,6%).


Confiança

No mês, o ICST (Índice de Confiança da Construção) recuou 0,8 ponto em outubro, indo a 100,9 pontos, mas se mantém acima do nível neutro (100 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou pelo terceiro mês seguido; desta vez, a alta foi de 1,4 ponto.

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), a queda na confiança ocorreu com a correção das expectativas, mas elas ainda se mantiveram em um patamar que denota otimismo com os negócios nos próximos meses.


Neste mês, a queda do ICST resultou exclusivamente da piora das perspectivas em relação aos próximos meses. O ISA-CST (Índice de Situação Atual) avançou 0,9 ponto, indo a 98,6 pontos, o maior nível desde dezembro de 2013 (99,1 pontos).

A alta do ISA-CST se deve à percepção mais favorável dos empresários sobre o indicador que mede o volume de carteira de contratos, que subiu 3,1 pontos, indo a 100,5 pontos. Por sua vez, o indicador que mede a situação atual dos negócios recuou 1,4 ponto, a 96,6 pontos.

O IE-CST (Índice de Expectativas) caiu 2,5 pontos, indo a103,2 pontos. Essa queda foi influenciada tanto pela piora do indicador de demanda prevista, que caiu 2,5 pontos, a 102,8 pontos, quanto pelo menor otimismo em relação ao indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses, que caiu 2,6 pontos, indo a 103,5 pontos.

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