Fonte de reserva das finanças de milhões de brasileiros, a caderneta de poupança terminou o ano de 2019 com captação positiva de R$ 13,327 bilhões.
O resultado, divulgado nesta terça-feira (7) pelo BC (Banco Central), é fruto de R$ 2,475 trilhões depositados e R$ 2,461 trilhões sacados da aplicação ao longo dos 12 meses do ano passado.
Apesar de positivo, o resultado da poupança é o pior para o acumulado de um ano desde 2016, quando os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. Em 2017 e 2018, a caderneta acumulou resultados positivos de, respectivamente, R$ 17,126 bilhões e R$ 38,260 bilhões.
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A captação líquida anual da poupança foi ajudada pelo saldo positivo de R$ 17,211 bilhões na aplicação somente no mês de dezembro. Ao longo de todo o ano, a caderneta fechou seis meses no azul (março, junho, agosto, setembro, novembro e dezembro) e outros seis no vermelho (janeiro, fevereiro, abril, maio, julho e outubro).
Com a entrada maior de recursos na poupança, o saldo final da caderneta saltou 6% na comparação com 2018, passando de R$ 797 bilhões para R$ 845 bilhões, maior volume de história;
O resultado positivo da poupança ocorre em um momento em que a rentabilidade da aplicação resulta em perda real ao investidor. Isso ocorre porque com a Selic em 4,5% ao ano as aplicações na caderneta rendem 3,1% (70% da taxa básica de juros), valor inferior à inflação acumulada dos últimos 12 meses, que figura na casa dos 3,2%.