Desemprego cai e informalidade chega a maior nível da história
Quatro em cada dez brasileiros da população ocupada atuam em vagas informais, maior valor desde 2016, quando o indicador foi criado
Economia|Giuliana Saringer, do R7
O desemprego caiu e a taxa de informalidade chegou ao maior nível da série história no trimestre encerrado em agosto destea no, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de desemprego chegou a 11,8% frente 12,3% no trimestre anterior (março, abril e maio). Isso significa que 12,6 milhões de pessoas continuam em busca de um emprego.
Em contrapartida, 41,1% da população ocupada atua em vagas informais, maior valor desde 2016, quando este indicador começou a ser avaliado.
Dos 684 mil novos ocupados, 87,1% entraram no mercado de trabalho pela via informal.
O salário médio ficou em R$2.298 no trimestre encerrado em agosto, valor estável em comparação ao trimestre anterior (R$2.297).
Mercado de trabalho
A Pnad aponta que o país tem 93,6 milhões de pessoas com carteira assinada. O número de funcionários nesta situação no setor privado chegou a 33 milhões.
A categoria dos trabalhadores por conta própria chegou a 24,3 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica.
Subutilização
A taxa de subutilização caiu para 24,3%, puxada pelo aumento da ocupação e pela queda de 3,9% na população desalentada, que reúne 4,7 milhões que desistiram de procurar trabalho.
É o primeiro recuo significativo de desalentados em pouco mais de cinco anos, desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2014.
Já o número de subocupados por insuficiência de horas, ou seja, aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais, está em 7,2 milhões de pessoas. Apesar de representar estabilidade em relação ao trimestre anterior, é o maior contingente desde 2012.