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Desemprego volta a crescer e atinge 9,4 milhões no 1º trimestre

Desocupação no mês de março alcança 8,8% de brasileiros, a menor taxa dos últimos sete anos para o período, mostra IBGE

Economia|Do R7

Número de brasileiros em busca de trabalho aumentou 0,9 ponto percentual no 1º trimestre
Número de brasileiros em busca de trabalho aumentou 0,9 ponto percentual no 1º trimestre Número de brasileiros em busca de trabalho aumentou 0,9 ponto percentual no 1º trimestre

A taxa de desemprego no Brasil voltou a subir e atingiu 8,8% no primeiro trimestre de 2023. Apesar da nova oscilação positiva, a taxa de desocupação é a menor para o período desde 2015 (8%), mostram dados apresentados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Diante da alta de 0,9 ponto percentual na comparação com o intervalo entre os meses de outubro e dezembro, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,4 milhões de pessoas, o que representa um acréscimo de 860 mil pessoas à procura por trabalho.

Por outro lado, o total de profissionais ocupados caiu 1,6%, o equivalente a menos 1,5 milhão de pessoas no mercado de trabalho. Com a queda, o volume de trabalhadores fica em 97,8 milhões, de acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, explica que o movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado, historicamente, em todos os primeiros trimestres da pesquisa.

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"Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”, avalia a pesquisadora ao citar que a única exceção ocorreu em 2022, ano marcado pela recuperação pós-pandemia.

O nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,1%, índice que corresponde a uma queda ante o trimestre anterior (57,2%), mas é 1 ponto percentual maior que igual trimestre do ano passado (55,2%).

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Carteira assinada

Segundo Adriana, a queda na ocupação reflete principalmente a redução dos trabalhadores sem carteira assinada. Entre os empregados sem carteira no setor público, a queda no trimestre foi de 7% (menos 207 mil pessoas). Já no setor privado, o contingente de empregados sem carteira assinada caiu 3,2% (menos 430 mil pessoas).

A retração do emprego sem carteira pode ser observada em algumas atividades econômicas, como nos grupamentos da agricultura, construção e comércio, que tiveram quedas de, respectivamente, 2,4% (menos 201 mil pessoas), 2,9% (menos 215 mil pessoas) e 1,5% (menos 294 mil pessoas) no total de seus trabalhadores.

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“Na construção, essa queda está focada no setor de edificações e tem uma característica muito sazonal”, afirma a coordenadora da pesquisa. Ela destaca ainda as quedas nas atividades de administração pública (-2,4%, ou menos 415 mil pessoas) e de outros serviços (-4,3%, ou menos 231 mil pessoas).

“O grupamento Administração pública tem um conjunto de atividades bem heterogêneo e foi influenciado, principalmente, pelo segmento de educação fundamental e de administração pública em si”, explica Adriana.

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