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Desigualdade em alta agora é assunto urgente, alerta grupo dos bancos centrais

Mesmo após seis anos, mais pobres ainda não recuperaram renda pré-crise, alimentando ciclo de recessões e pobreza

Economia|

Torre do Banco Internacional de Compensações na Basileia, na Suíça
Torre do Banco Internacional de Compensações na Basileia, na Suíça Torre do Banco Internacional de Compensações na Basileia, na Suíça

Um novo estudo do chamado banco central dos bancos centrais do mundo, o BIS (Banco de Compensações Internacionais), pediu ações urgentes para combater a crescente desigualdade social, alertando que o problema está alimentando um perigoso ciclo de recessões e pobreza.

Embora as políticas governamentais tenham sido amplamente culpadas pelo aumento da desigualdade desde a década de 1980, os bancos centrais também foram criticados nos últimos anos por alimentar enormes ganhos no mercado de ações com taxas de juros ultrabaixas e esquemas de compra de ativos.

O BIS, ao analisar 182 recessões em 70 países, concluiu que, mesmo seis anos após uma desaceleração, a parcela de rendimentos dos 50% mais pobres em uma economia impactada permaneceu 0,3% abaixo do nível pré-recessão, em média, enquanto para aqueles na faixa dos 10% mais abastados ainda era 0,7% maior.

Economias mais desiguais passam por recessões mais profundas que, por sua vez, aumentam ainda mais a desigualdade, mostrou a análise. Impostos menos progressivos e programas de apoio social em muitos países também agravaram os problemas.

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"É cada vez mais evidente que a desigualdade evoluiu de uma questão acadêmica para uma questão política urgente", disse o documento do BIS, acrescentando que um dos principais riscos para os bancos centrais é que suas ferramentas de política se tornem menos eficazes.

O estudo do BIS mostrou que trabalhadores mal pagos em alguns países tinham mais de três vezes mais chances de perder seus empregos durante a pandemia de Covid-19, enquanto a inflação crescente estava agora atingindo desproporcionalmente as famílias mais pobres.

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