Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Despesa com terapias puxa alta de 17,3% dos custos médicos em 2018

Avanço dos gastos dos planos de saúde supera a inflação em 13% e foi impulsionada pela maior utilização de médicos e valor dos procedimentos

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Custos com terapias saltaram 31,3% em 2018
Custos com terapias saltaram 31,3% em 2018 Custos com terapias saltaram 31,3% em 2018

A alta de 31,3% dos custos das terapias puxou o aumento de 17,3% das despesas das operadoras de planos de saúde por beneficiários em 2018, de acordo com o VCMH (Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares), divulgado anualmente pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).

O superintendente executivo do IESS, José Cechin, avalia que o aumento dos gastos com terapias, tais como hemoterapia, quimioterapia, radioterapia, terapia renal e radiologia intervencionista, pode ser fruto de mudanças na legislação sobre os tratamentos.

Brasileiros podem mudar de plano de saúde sem cumprir carência

"Em 2016, entrou em vigência um procedimento que ampliou o número de sessões de algumas terapias, como as antineoplásicas, que você toma fora dos hospitais e são extraordinariamente caras. Em 2018, houve uma renovação do rol, com mais procedimentos antineoplásicas orais", observa Cechin, que afirma não ter uma medição que comprove a associação das alterações no aumento dos custos.

Publicidade

Na sequência dos custos com maior avanço aparecem os gastos com serviços ambulatoriais (19,7%) e das internações (16,5%).

O avanço índice, responsável pela avaliação dos gastos com exames, consultas, terapias, internações e serviços ambulatoriais, é 0,8 ponto porcentual superior a alta de 2017. Se descontada a inflação oficial de 3,75% registada em 2018, o ganho real apresentado pelo VCMH supera os 13%.

Publicidade

Fraudes em planos de saúde consomem R$ 15 em cada R$ 100

Para Cechin, o aumento da frequência nas consultas, internações e outros procedimentos foram alguns dos fatores que justificaram o reajuste de planos em um nível superior aos índices de inflação.

Publicidade

Ele explica que as despesas de saúde representam uma combinação entre a variação do preço dos itens médicos com a frequência de uso. “Se as pessoas fazem mais exames e tem mais internações, isso afeta a VCMH, que é resultado da soma da variação de preço e a quantidade. Por isso, ela é bem maior do que o IPCA,”, diz Cechin.

Se repassados aos clientes dos planos de saúde, o reajuste seguirá o ritmo apresentado por um estudo divulgado no começo da semana pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Segundo os dados, os planos de saúde individuais ficaram 382% mais caros entre 2000 e 2018, mais do que o dobro da inflação no setor de saúde no mesmo período (108%).

Cechin, que classifica o VCMH como uma “medição da variação das despesas per capta de 900 mil vidas com planos individuais”, destaca ainda que os números são usados nas negociações de contratos entre operadores e empresas. “O público não é afetado”, garante o superintendente.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.