Diretoria da Petrobras considera renúncia coletiva, diz Reuters
Pessoas próximas à diretoria da estatal disseram que há grande insatisfação com a mudança na presidência da empresa
Economia|Do R7, com Reuters
![Funcionário da Petrobras trabalha em tanque de óleo](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/EQGVHIJ22ZNQFDT7WH7ZOU73QE.jpg?auth=eaacf9038c5d090827cb1d3d5e4da4297bdfab954bdeda30e2e55d144686d7ce&width=442&height=239)
A diretoria da Petrobras está considerando uma renúncia coletiva depois de o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado a substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna como CEO, disseram à agência Reuters três pessoas próximas à diretoria, pedindo para serem mantidas anônimas.
Em nota divulgada em rede social, Bolsonaro informou que Roberto Castello Branco será substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, ex-diretor geral da usina Itaipu Binacional e ex-ministro da Defesa.
A indicação de Silva e Luna precisa, no entanto, ter aprovação do conselho de administração da Petrobras, formado por membros indicados pelo governo, mas que atuam com independência. O conselho deve se reunir na terça-feira (23) e deve discutir a troca.
Com os seguidos aumentos no preço dos combustíveis, Bolsonaro já havia demonstrado insatisfação com o comando da Petrobras. Nesta sexta, durante visita à cidade de Sertânia, em Pernambuco, ele reafirmou que faria "mudanças" na Petrobras após mais um reajuste no preço dos combustíveis, anunciado pela estatal nesta quinta-feira (18).
"Jamais vamos interferir nesta grande empresa e na sua política de preços, mas o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes", disse. Durante a visita ele ainda mandou um recado: "exijo e cobro transparência de todos aqueles que eu tive a responsabilidade de indicar".
Em uma live para eleitores nesta quinta-feira (18), o presidente também falou de fazer trocas na empresa. A fala gerou uma reação negativa do mercado, e a empresa teve queda de até 7,92% de suas ações nesta sexta.