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Dólar abre a semana em queda, negociado abaixo de R$ 4,90

Recuo da moeda é marcado por sessão de liquidez reduzida devido a feriado no Brasil e expectativa de cortes dos juros nos EUA

Economia|Do R7

Dólar abre a segunda-feira em leve queda de 0,14%
Dólar abre a segunda-feira em leve queda de 0,14% Dólar abre a segunda-feira em leve queda de 0,14%

O dólar à vista recuava ligeiramente frente ao real nesta segunda-feira (20), em sessão de liquidez reduzida devido a feriado nos principais centros financeiros do Brasil, enquanto o clima no exterior era desfavorável à divisa norte-americana em meio a apostas de cortes de juros pelo BC dos Estados Unidos.

Às 9h54 (horário de Brasília), a moeda norte-americana à vista recuava 0,14%, a R$ 4,8987 na venda. Na última sessão, a divisa fechou cotada a R$ 4,9056 na venda, em alta de 0,72%.

Participantes do mercado alertavam para uma sessão possivelmente volátil diante da liquidez reduzida, devido ao feriado do Dia da Consciência Negra em seis estados brasileiros, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.

Enquanto isso, operadores monitoravam a fraqueza da divisa norte-americana no exterior, onde o índice do dólar contra uma cesta de moedas fortes caía 0,33%, mantendo tendência de baixa recente que acompanhou arrefecimento dos rendimentos dos Treasuries, os títulos do governo dos EUA.

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"A queda resultante das taxas dos Estados Unidos e a fuga dos portos seguros para os ativos de risco abalaram o dólar", disse Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury. "Os mercados já eliminaram qualquer chance de aumentos adicionais por parte do Fed, e agora esperam que o primeiro corte nas taxas de juros ocorra em maio de 2024."

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Os mercados descartaram o risco de novos aumentos de juros nos Estados Unidos após uma série de indicadores econômicos norte-americanos mais fracos do que o esperado na semana passada, especialmente após uma leitura de inflação que ficou abaixo das estimativas.

Num geral, quanto mais altos os custos dos empréstimos nos EUA, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, uma vez que investidores passam a mostrar maior interesse pelo mercado de renda fixa norte-americano, o mais seguro do mundo. Por outro lado, juros mais baixos por lá favorecem divisas de países com retornos mais elevados, como o Brasil.

Enquanto isso, na cena doméstica, "o debate sobre a meta fiscal de 2024 deve continuar gerando ruído sobre o mercado de câmbio, embora acreditemos que estes já tenham sido parcialmente digeridos", disse Moutinho, referindo-se a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao objetivo estabelecido por sua equipe econômica de zerar o déficit primário no próximo ano.

Parte do governo e parlamentares chegaram a defender um afrouxamento do alvo com menções a possíveis metas de déficit de 0,25% ou 0,5% do PIB para o ano. Nos últimos dias, porém, membros do governo afirmaram que a meta de déficit zero em 2024 não será alterada, enfatizando a defesa pela aprovação de medidas que ampliem a arrecadação.

"Vemos espaço para o real continuar com o desempenho, com um ambiente mais construtivo para os eventos de risco (no exterior) nos próximos dias", completou Moutinho.

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