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Dólar cai 0,5% e passa a valer R$ 5,36, menor valor em quase um mês

Quarta desvalorização da moeda norte-americana nas últimas cinco sessões foi guiada por alívio em relação à política fiscal brasileira

Economia|

Dólar oscilou entre 5,34 e R$ 5,43 ao longo da sessão
Dólar oscilou entre 5,34 e R$ 5,43 ao longo da sessão Dólar oscilou entre 5,34 e R$ 5,43 ao longo da sessão

O dólar voltou a cair ante o real nesta quarta-feira (2) e fechou o dia no menor nível em quatro semanas, com investidores ainda repercutindo mensagens mais positivas do governo com relação à política fiscal do Brasil, o que ajudou a amenizar o prêmio de risco embutido no preço do câmbio.

Na sessão, a moeda norte-americana caiu 0,49%, a R$ 5,3586, menor patamar desde 6 de agosto (R$ 5,3429). Trata-se da quarta desvalorização da moeda nas cinco sessões que se seguiram desde que a divisa bateu uma máxima em mais de três meses (de R$ 5,6124) em 26 de agosto. No período, o dólar recuou 4,52%.

Ao longo desta quarta-feira, o dólar oscilou entre alta de 0,87%, a R$ 5,4318, logo no começo da sessão, e queda de 0,72%, a R$ 5,346, perto do fechamento. No dia, o real se destoou de vários de seus pares, marcada pelo fortalecimento do dólar nos mercados externos após dias seguidos de perdas.

O mercado aguarda, para quinta-feira, o envio ao Congresso Nacional do texto da reforma administrativa, conforme anunciado na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro. A promessa foi entendida como sinal de maior compromisso do governo com a agenda de reformas e de equilíbrio fiscal, o que indica fortalecimento da posição do ministro da Economia, Paulo Guedes, dentro do Executivo.

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O dólar caiu nesta quarta abaixo da média móvel de 50 dias (de R$ 5,3713), após na terça ter fechado aquém da média de 100 dias (na véspera em R$ 5,3894). Essas médias móveis são consideradas pontos de suporte ou resistência (dependendo da direção do ativo) e, se rompidas, podem abrir espaço para aceleração do movimento em curso — no caso, de queda do dólar.

Investidores acompanharam nesta quarta declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que a autoridade monetária não trabalha com nível de preço para o câmbio e que poderá intervir "pesadamente" caso ache necessário. O BC segue estudando os fatores que estão provocando a volatilidade, completou ele, citando a realização de mais contratos pequenos e o uso do real como hedge.

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O debate sobre níveis de câmbio na mira do BC voltou à tona depois de o CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovar na semana passada transferência de R$ 325 bilhões do lucro cambial contábil da autarquia para reforçar o caixa do Tesouro Nacional.

Alguns analistas argumentaram que, com a decisão do CMN, o BC passaria a trabalhar com um teto para o dólar (com o número de R$ 5,50 sendo citado), acima do qual a autoridade monetária ficaria mais à vontade para vender moeda no mercado e, assim, não correr risco de se descapitalizar caso o dólar teste níveis em torno de R$ 4,90. Esse seria o patamar, segundo profissionais do mercado, no qual a operação se inverteria, com o Tesouro precisando socorrer o BC.

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