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Dólar cai ao menor valor desde junho de 2024 e fecha o dia cotado a R$ 5,27

Possível fim da paralisação do governo dos EUA e ata do Copom ajudaram no recuo da moeda americana

Economia|Fabricio de Castro, da Reuters

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O dólar encerrou o dia a R$ 5,27, o menor valor desde junho de 2024.
  • Aprovada proposta no Senado dos EUA para encerrar a paralisação do governo, impulsionando o mercado.
  • Em outubro, a inflação no Brasil ficou abaixo do esperado, favorecendo ativos brasileiros e a baixa do dólar.
  • Expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Banco Central atrai investidores estrangeiros para o Brasil.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Índice da inflação em outubro ajudou o mercado de câmbio Valter Campanato/Agência Brasil

O dólar fechou em baixa pela quinta sessão consecutiva no Brasil, no menor valor desde junho do ano passado, acompanhando o recuo da moeda norte-americana no exterior, depois de o Senado dos Estados Unidos aprovar uma proposta para encerrar a paralisação do governo norte-americano.

A busca por ativos brasileiros nesta terça-feira (11), como ações e títulos, também afetou positivamente o mercado de câmbio, após a inflação de outubro no Brasil ficar abaixo do esperado e a ata do Copom abrandar o discurso sobre a inflação.


O dólar à vista fechou em baixa de 0,62%, aos R$5,2746 na venda -- menor cotação desde os R$5,2493 de 6 de junho de 2024. No ano, a divisa acumula queda de 14,64%.

Às 17h37, o contrato de dólar futuro para dezembro -- atualmente o mais negociado no Brasil -- cedia 0,34% na B3, aos R$5,2950.


Na segunda-feira, o Senado dos EUA aprovou uma proposta que restaura o financiamento de agências federais e paralisa a campanha do presidente Donald Trump para reduzir a força de trabalho federal, impedindo qualquer demissão até 30 de janeiro.

O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos. Na sequência o texto irá para a sanção de Trump.


Assim como na véspera, a expectativa de encerramento da paralisação nos EUA estimulava a busca por ativos de risco, como ações na Europa e moedas de países emergentes, como o real, o peso chileno e o peso mexicano.

Além do exterior, uma avaliação geral mais positiva sobre os ativos brasileiros -- como as ações -- favoreceu a baixa do dólar ante o real, na esteira da divulgação do IPCA e da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.


“O investidor estrangeiro está louco para ver o Banco Central cortar juros”, pontuou Laís Costa, analista da Empiricus Research, lembrando que o Brasil segue bastante atrativo para o capital estrangeiro, o que impacta no câmbio.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA -- o índice oficial de inflação -- subiu 0,09% em outubro, abaixo da taxa de 0,48% de setembro e da projeção de 0,16% dos analistas ouvidos pela Reuters. Em 12 meses até outubro a inflação foi de 4,68%, ante expectativa de 4,75%.

Já a ata da última reunião do Copom trouxe detalhes sobre a visão do BC a respeito do atual processo de desinflação. A instituição reconheceu “algum arrefecimento” da inflação de serviços e incorporou em suas projeções uma estimativa preliminar do impacto da medida de ampliação da isenção do Imposto de Renda, aprovada recentemente no Congresso.

Além disso, citou um movimento “agora mais nítido” de queda das expectativas de inflação em horizontes mais longos. As mudanças na ata foram bem recebidas pelo mercado.

No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em queda ante a maior parte das demais divisas. Às 17h33, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- caía 0,20%, a 99,439.

Pela manhã, o Banco Central venceu 45.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de dezembro.

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