Dólar dispara 1,3% e fecha cotado a R$ 5,76, maior valor em cinco meses
Alta da moeda norte-americana ante o real foi guiada por cautela por segunda onda da covid-19 pelo mundo
Economia|Do R7, com Reuters
A cotação comercial do dólar subiu 1,42% ante o real nesta quarta-feira (28) e fez com que a moeda norte-americana terminasse o dia negociada a R$ 5,7633. Trata-se do maior patamar de fechamento desde o dia 15 de maio (R$ 5,8392).
Pela manhã, na máxima da sessão, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,793, seu maior valor desde 18 de maio, data em que chegou a superar a marca de R$ 5,80. Na tentativa de conter o avanço do dólar, o BC (Banco Central) vendeu mais de US$ 1 bilhão em moeda à vista.
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A sessão desta quarta-feira foi marcada por uma onda de cautela nos mercados internacionais em meio a uma segunda onda da covid-19 na Europa, o que fez com que o dólar subisse cerca de 0,3% contra uma cesta de moedas fortes, enquanto todos os principais pares do real operavam em queda.
A disparada do dólar foi resultado da busca por segurança dos investidores em meio à forte disseminação da covid-19 em grandes economias e à aproximação da eleição presidencial norte-americana.
Por aqui, o foco dos investidores brasileiros seguirá na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que será concluída ainda nesta quarta-feira. A expectativa é de que o Copom mantenha a taxa Selic em sua mínima histórica de 2%.
O patamar extremamente baixo da taxa básica de juros tem sido apontado como um dos principais fatores para a desvalorização do real em 2020, uma vez que afeta a rentabilidade de ativos locais atrelados à Selic. Um cenário fiscal e econômico incerto tem aprofundado ainda mais as preocupações domésticas.