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Dólar dispara e bate R$ 3,43, após agência de risco piorar perspectiva sobre o Brasil

Moeda norte-americana ampliou a alta no início da tarde após decisão da S&P

Economia|Do R7

Às 13h34, o dólar avançava 1,8%, a R$ 3,425 na venda
Às 13h34, o dólar avançava 1,8%, a R$ 3,425 na venda

O dólar ampliou a alta a 2% e chegou a bater R$ 3,43 na máxima do dia após a agência de classificação de risco Standard & Poor's piorar a perspectiva do Brasil para "negativa", em meio a preocupações com a situação fiscal brasileira e o cenário político conturbado.

Às 13h34, o dólar avançava 1,8%, a R$ 3,425 na venda. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,4353, com alta de 2%. Nas últimas quatro sessões, o dólar acumulou valorização de 6%.

A agência, que já tem a nota do Brasil no último degrau antes de perder o grau de investimento, argumentou que sua decisão vem da série de investigações de corrupção envolvendo empresas e políticos, que pesam cada vez mais sobre os cenários econômico e fiscal brasileiros. Informou ainda que o país enfrenta circunstâncias políticas e econômicas desafiadoras.

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Investidores já vinham demonstrado preocupação com a possibilidade de o Brasil perder seu grau de investimento, após cortes nas metas fiscais do governo deste e dos próximos anos surpreenderem e decepcionarem os mercados financeiros.


O cenário político conturbado também pesa neste momento, em que o governo depende muito do Congresso — em pé de guerra com o Executivo — para aprovar as medidas de ajustes fiscais. Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a afirmar que fará todos os esforços junto ao Legislativo "para garantir a previsibilidade fiscal".

Outro fator importante para os próximos passos do dólar é a reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, que termina na quarta-feira. Sinalizações de que o Fed caminha para elevar os juros ainda neste ano podem servir de gatilho para a moeda norte-americana dar mais um salto, afirmaram operadores, uma vez que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil.


"A verdade é que o dólar não tem motivo para cair. Qualquer queda vai ser um alívio temporário", disse mais cedo a operadora de um banco nacional.

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O atual momento do mercado de câmbio também fez investidores redobrarem a atenção sobre a intervenção do Banco Central, já que a valorização da moeda norte-americana tende a pressionar a inflação ao encarecer importados. O sinal mais imediato será o anúncio da rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, equivalentes a venda futura de dólares.

Nos últimos meses, o BC tem feito rolagens parciais e caminha para repor cerca de 60% do lote de agosto, equivalente a 10,675 bilhões de dólares. Operadores têm afirmado que, se mantiver essa proporção para o lote de setembro, o BC sinalizaria que está confortável com o avanço da moeda norte-americana.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais. Com isso, já rolou o equivalente a US$ 5,684 bilhões, ou cerca de 53% do lote que vence no início de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.

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