Dólar fecha a R$ 5, menor nível em 10 meses; Bolsa dispara mais de 4%
A desaceleração da inflação no Brasil em março mais forte do que a esperada e a alta de commodities influenciaram o resultado
Economia|Do R7
O dólar fechou nesta terça-feira (11) em forte queda de mais de 1%, a R$ 5, o menor patamar desde 10 de junho de 2022, quando registrou R$ 4,98. A desaceleração da inflação no Brasil em março mais forte do que a esperada e a alta de commodities, como o petróleo e o minério de ferro no exterior, influenciaram o resultado, assim como a perspectiva otimista com o novo arcabouço fiscal e a busca de ativos de maior risco em todo o mundo.
Pela manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA, o índice oficial de inflação, subiu 0,71% em março, depois de ter avançado 0,84% em fevereiro. Isso levou o indicador a acumular nos 12 meses até março taxa de 4,65%, contra 5,60% de antes. Foi a primeira vez que o índice em 12 meses ficou abaixo de 5% desde janeiro de 2021.
Os números abriram espaço para a busca de ativos de maior risco, como as ações de empresas brasileiras, e favoreceram o real, em meio à avaliação de que o novo arcabouço fiscal, apresentado recentemente pelo governo, também reduz orisco de descontrole da dívida pública.
Após chegar a oscilar abaixo dos R$ 5 reais, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,008 na venda, em baixa de 1,14%.
Já o Ibovespa disparou mais de 4% nesta terça-feira (11), fechando na máxima em cerca de um mês. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 4,21%, a 106.134,98 pontos, de acordo com dados preliminares, o maior ganho percentual diário desde 3 de outubro do ano passado, quando subiu 5,5%, um dia após o resultado do primeiro turno da eleição no Brasil. O volume financeiro no pregão somava R$ 29,5 bilhões.