Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,46; Bolsa atinge maior patamar do ano

Moeda encerrou a sessão com elevação de 0,36%, após seis pregões de queda; já o Ibovespa subiu 0,69%, aos 133.316,99 pontos

Economia|Do Estadão Conteúdo

A cotação da moeda americana atingiu R$ 5,82 e gera preocupações sobre o aumento dos preços no país

Após seis pregões seguidos de queda, em que acumulou desvalorização de 5,08%, o dólar apresentou nesta quarta-feira (14) leve alta, mantendo-se abaixo da linha de R$ 5,50. Segundo operadores, o dia foi marcado por ajustes e realização de lucros, além de recomposição parcial de posições defensivas em meio ao aumento dos ruídos políticos internos.

Pela manhã, a moeda até ensaiou nova queda, após leitura de inflação ao consumidor nos EUA em julho dentro das expectativas para chancelar a aposta de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) em setembro, com chances praticamente divididas entre 25 pontos e 50 pontos-base.

Com mínima a R$ 5,4292 e máxima a R$ 5,4872, à tarde, o dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,36% cotado a R$ 5,4693. Apesar do avanço, a divisa apresenta baixa de 0,83% na semana e desvalorização de 3,29% em agosto.

Já o Ibovespa atingiu o pico do ano e fechou em seu maior valor em pontos de 2024. Pelo sétimo pregão consecutivo, a referência da B3 foi beneficiada com um maior apetite a ativos de risco após índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos dentro do esperado reforçar a expectativa de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) em setembro.


O índice da Bolsa fechou com alta de 0,69%, aos 133.316,99 pontos, no maior nível em pontos deste ano. No dia, chegou a tocar máxima (+1,04%) de 133.777,18 pontos e mínima (-0,22%) aos 132.112 pontos.

Assim, mira os 134 mil pontos e se aproxima da máxima histórica de 27 de dezembro de 2023 (134.193,72 pontos).


Movimento do dólar

Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o tropeção do real sugere que investidores estão refazendo parte das posições “compradas” em dólar, desfeitas nos últimos dias, para não deixar que a taxa de câmbio fique muito abaixo de R$ 5,50, que ele vê como um ponto de equilíbrio no curto prazo.

”Temos também aumento de ruídos, o que leva a posições mais defensivas. A questão envolvendo o Supremo e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixou o ambiente doméstico mais confuso. Isso pode dificultar o andamento de pautas importantes no Congresso, ainda mais com a proximidade das eleições municipais”, afirma Galhardo.


Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encomendou, de forma não oficial, a produção de relatórios pelo TSE.

No radar do Congresso, deputados e senadores avaliam realizar sessão conjunta nesta semana para aprovar mudanças nas chamadas “emendas Pix”, após o ministro Flávio Dino, do STF, exigir mais transparência no repasse de recursos.

Outro ponto relevante é o projeto de renegociação da dívida dos Estados com a União, no Senado. Apuração mostra que as alterações promovidas pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP) foram avaliadas positivamente pela equipe econômica, uma vez que não trariam impacto no resultado primário.

Também estão na pauta dos senadores as medidas para compensação das perdas com desoneração da folha de pagamentos.

Para o diretor de câmbio da corretora Ourominas, Elson Gusmão, após a queda nas últimas seis sessões, era de se esperar que houvesse uma alta pontual do dólar, ainda mais porque os riscos fiscais ainda não foram dissipados.

Ele cita fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento hoje, admitindo divisão no governo entre uma ala que defende a responsabilidade fiscal e outra que prega a ampliação de gastos. “Além da questão fiscal, temos também queda das commodities com as preocupações sobre a economia chinesa”, afirma.


Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.