Dólar volta a bater recorde, a R$ 6,08, e Ibovespa sobe, à espera da alta dos juros
A projeção para a taxa Selic no fim de 2024 é de 12%, indicando que o BC deve elevar os juros em 0,75 ponto porcentual nesta quarta-feira.
Economia|Do Estadão Conteúdo
O dólar fechou em alta e renovou o seu recorde de encerramento pela segunda sessão seguida. A moeda americana finalizou esta segunda-feira (9) em valorização de 0,20% cotada a R$ 6,0829, oscilando entre máxima a R$ 6,0898 e mínima a R$ 6,0376 durante o pregão.
Os analistas monitoraram a última edição do Boletim Focus antes da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) desta semana. A mediana do relatório para a inflação oficial, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2024 subiu de 4,71% para 4,84%, acima do teto da meta, de 4,50%. Já a projeção para a taxa Selic no fim de 2024 aumentou de 11,75% para 12%, indicando que o Copom deve elevar os juros em 0,75 ponto porcentual nesta quarta-feira (11).
O Ibovespa sobe 1,03% aos 127.242,54 pontos no dia, com ajuda das ações da Vale (VALE3), de maior peso para o índice.
A cotação do dólar vem renovando recordes consecutivos de fechamento desde que o governo federal apresentou suas medidas de ajuste fiscal. As propostas para gerar uma economia de R$ 70 bilhões aos cofres públicos em dois anos não foram bem recebidas, após o Executivo anunciar a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.