DPZ e Taterka se unem para virar uma das maiores empresas do mercado publicitário
Agências do grupo Publicis formalizaram a fusão nesta quarta (20), em São Paulo
Economia|Thiago Calil, do R7
Foi lançada, no fim da manhã desta quarta-feira (20), em São Paulo, a agência de publicidade DPZ&T. A empresa, resultado da fusão entre a DPZ e a Taterka, já nasce figurando entre as maiores do País.
Ambas as agências já pertenciam grupo francês Publicis e a fusão era esperada desde dezembro de 2013. Com a união das duas empresas, a DPZ&T começa com marcas como McDonald’s, Itaú, Natura, Vivo, Bombril e Coca-Cola como clientes, e propagandas que fizeram história na publicidade no portfólio.
“É um dos momentos mais importantes da minha carreira de publicitário, de quase 40 anos. A fusão dessas duas empresas é um sonho”, resumiu Paulo Giovanni, CEO do Publicis no Brasil.
— Durante os meses de gestação da fusão, avaliamos as necessidades dos nossos clientes e a sinergia entre as equipes. Foi uma decisão [a fusão] que respeitou nossos clientes.
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Fundada em 1968 por Roberto Duailibi, Ronald Persichetti, Francesc Petit, José Zaragoza, a DPZ foi responsável pela projeção de grandes publicitários brasileiros, incluindo Washington Olivetto e Nizan Guanaes. “Quando compramos a DPZ [em dezembro de 2013], sabíamos que estávamos comprando uma agência icônica”, enaltece Maurice Lévy, CEO do grupo Publicis, que veio da França especialmente para o lançamento da nova agência.
O comando da DPZ&T caberá a Eduardo Simon, oriundo da Taterka. Tonico Pereira, diretor-geral da DPZ, passa a ser diretor de operações da nova agência. Simon destaca que os clientes de ambas as empresas aprovaram a fusão.
— Tomamos o cuidado enorme de conversar com todos eles. Estamos prontos para enfrentar o mercado.
Segundo Tonico, a união das duas agências foi a mais natural possível.
— São identidades criativas, identidades estéticas, de bom gosto. A DPZ&T nasceu para ser relevante.
O Publicis é o terceiro maior conglomerado de publicidade do mundo. O CEO Maurice Lévy diz que o grupo está com uma posição confortável no mercado, revela a ambição de tornar o maior do mundo no seguimento e não teme os efeitos de uma crise financeira.
— Temos de investir no futuro. Não vejo nenhum motivo para não fazermos isso.
E nos planos de crescimento, o Brasil ocupa lugar de destaque. A expectativa do Publicis, segundo Lévy, é colocar o País entre os cinco melhores mercados do mundo em três anos — atualmente, o Brasil é o oitavo lugar no ranking do grupo. Mesmo assim, Lévy diz que não está preocupado com dinheiro neste momento.
— Nós estamos pensando em qualidade. As cifras virão naturalmente se houver qualidade.
Roberto Duailibi, um dos fundadores da DPZ, também defende que há espaço para crescimento no mercado brasileiro e não há motivos para temer uma crise. Segundo ele, quando a agência foi fundada, em 1968, a economia do País estava muito pior.
— O pessimismo cansou um pouco. Agora começa a reação dos homens de negócios para voltar a estimular a economia crescer.