A economia brasileira cresceu 0,9% em janeiro na comparação com dezembro, mostram dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) divulgados nesta segunda-feira (17), pelo Banco Central. O indicador é conhecido por antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e produtos finais produzidos no país.Em dezembro, o índice teve queda de 0,58%. Na passagem de outubro para novembro, o IBC-Br apontou um crescimento de 0,19% na economia brasileira.Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico.O resultado de janeiro levou o IBC-Br aos 154,6 pontos na série dessazonalizada (livre de influências), o maior nível de toda a série histórica, iniciada em janeiro de 2003.Na comparação com janeiro de 2024, o IBC-Br teve alta de 3,6%, enquanto no acumulado em 12 meses a expansão foi de 3,8%. No consolidado do trimestre encerrado em janeiro, o indicador teve alta de 0,3%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 3,4%.O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 12,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia — indústria, comércio e serviços e agropecuária —, além do volume de impostos.A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.