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Educação financeira para crianças evita adulto endividado

Maus hábitos adquiridos na formação inicial são difíceis de superar depois, dizem especialistas

Economia|Alexandre Garcia, do R7

"Não adianta trabalhar com as crianças apenas na escola", avalia educadora financeira
"Não adianta trabalhar com as crianças apenas na escola", avalia educadora financeira "Não adianta trabalhar com as crianças apenas na escola", avalia educadora financeira

Educar financeiramente uma criança é um trabalho árduo e que pode interferir diretamente no futuro dos jovens. Para que essa trajetória seja bem-sucedida, especialistas ouvidos pelo R7 defendem a necessidade de uma relação conjunta entre famílias e escolas para abordar o tema.

De acordo com a superintendente de educação corporativa da Mongeral Aegon, Patrícia Campos, as relações entre famílias e escolas atreladas têm condições de refletir positivamente na vida das crianças. Na avaliação dela, a união ajuda na formação de uma geração mais consciente financeiramente, que terá uma melhor relação com o dinheiro no futuro.

— A educação financeira deveria constar [na grade curricular das escolas] e ser incentivada em uma parceria com a própria família. Não adianta trabalhar com as crianças apenas na escola quando o núcleo familiar não entende essa parte.

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O educador financeiro Rafael Seabra partilha do mesmo pensamento de Patrícia. Ele afirma que passar noções de finanças desde cedo aos filhos é importante para que se aprenda a lidar com o dinheiro, administrar o próprio orçamento e conseguir poupar uma parte da grana.

— Infelizmente, a gente vive uma realidade na qual não aprendemos a educação financeira em muitos lares e nem nas escolas. Não existem políticas públicas voltadas para a educação financeira e isso causa a situação que a gente vê se agravar cada vez mais.

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Seabra ressalta ainda que “de nada adianta” tentar ensinar sobre as formas de utilizar corretamente o dinheiro sem passar o exemplo para os pequenos. Segundo o educador, os filhos de pais com maus hábitos financeiros tendem a seguir o mesmo caminho, que, segundo ele, é “muito difícil de contornar”.

Patrícia, por sua vez, avalia que, apesar de ainda não ter uma grade obrigatória a respeito da educação financeira nas escolas, muitas instituições de ensino já fazem trabalhos com os pais para orientar sobre administração e planejamento financeiro.

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— As escolas já reconheceram o valor de educar as crianças para saber lidar bem com o dinheiro, para ela não ter um futuro financeiro comprometido. [...] Hoje, tem escolas que já introduzem a educação financeira para crianças a partir dos quatro anos.

Idade

Para Patrícia, é possível começar a ensinar as relações financeiras para os filhos a partir do momento em que a criança já passa a reconhecer o que é dinheiro.

— Se a criança tem a fundamentação básica dos conceitos da matemática, que hoje já pode ocorrer a partir dos cinco anos e meio, ela já pode ser introduzida [à um processo de educação financeira].

Seabra analisa que o momento ideal para começar a falar de dinheiro para as crianças deve levar em conta o comportamento do filho e dos pais. De acordo com o educador, a criança passa a ter conhecimentos do valor real do dinheiro na medida em que ela cresce.

— Acho que depois do sete anos, quando ele já passou pelo processo de alfabetização, você pode dar uma semanada. [...] São noções bem básicas que fazem eles aprenderem a gerenciar melhor o dinheiro.

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