Em ata, Copom diz que ambiente externo está ‘mais adverso e incerto’ por influência dos EUA
Comitê avalia que deve manter ‘postura de cautela’ diante de incerteza causada pela tarifa de 50% a produtos brasileiros
Economia|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (5) a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que interrompeu o ciclo de altas e manteve a taxa básica de juros para 15% ao ano.
Segundo o documento, os diretores analisam que o ambiente externo está “mais adverso e incerto” devido à política econômica dos EUA (Estados Unidos da América), “principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos”.
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“Se, de um lado, a aprovação de alguns acordos comerciais, assim como os dados recentes de inflação e atividade da economia norte-americana poderiam sugerir uma situação de redução da incerteza global, de outro, a política fiscal e, em particular para o Brasil, a política comercial norte-americanas tornam o cenário mais incerto e mais adverso”, explica.
O BC afirma que a elevação de tarifas americanas a produtos brasileiros traz “impactos setoriais relevantes e impactos agregados ainda incertos”, ainda a depender das negociações.
“A avaliação predominante no Comitê é de que há maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela”, declara.
O texto afirma que diferentes classes de ativos têm sido afetados por causa das condições financeiras globais. “Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”, detalha.
Apesar disso, o cenário doméstico apresentou moderação no crescimento, com expectativa de inflação para 2025 e 2026 acima da meta, ficando em 5,1% e 4,4%, respectivamente.
Segundo o documento, o cenário da inflação “segue desafiador em diversas dimensões”.
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