Em dois anos, 9,6 milhões entram na pobreza; veja ranking dos estados
Segundo pesquisa do FGV Social, total atinge 62,9 milhões de pessoas, cerca de 29,6% da população, o maior nível desde 2012
Economia|Do R7
O número de pessoas com renda domiciliar per capita até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. Segundo a pesquisa Mapa da Nova Pobreza, do FGV Social (Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas), são 9,6 milhões de pobres a mais que no período pré-pandemia, em 2019, o que equivale quase à população de Portugal.
Os dados da pesquisa mostram também que a pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica, em 2012, quando o índice atingia 27,36% da população. O estudo traz ainda a composição geográfica da pobreza para localizar os estoques e os fluxos de pobreza no território brasileiro.
O estado com a menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina, com 10,16% da população, e o com a maior proporção de pobres foi o Maranhão, com 57,9%. Considerando o segmento de 146 estratos espaciais, aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense, com 72,59%, já a menor pobreza está no município de Florianópolis, com 5,7%.
Já a mudança da pobreza de 2019 a 2021 por unidade da federação em pontos percentuais na pandemia revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais), e as únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (0,95 ponto percentual) e Piauí (0,03 ponto percentuail).
O levantamento avalia o nível e a evolução da pobreza durante os anos de pandemia de Covid-19 o Brasil, com base nos dados da Pnad Contínua anual (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).