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Em um ano, 6 milhões de pessoas passaram a trabalhar sem carteira

A Pnad Contínua, divulgada nesta quarta, mostrou que a maior parte dos brasileiros que voltaram ao mercado é de informais

Economia|Do R7

Informalidade tornou-se a única opção para milhões de brasileiros durante a pandemia
Informalidade tornou-se a única opção para milhões de brasileiros durante a pandemia Informalidade tornou-se a única opção para milhões de brasileiros durante a pandemia

Os dados do emprego divulgados nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a informalidade é a principal responsável pelo avanço do emprego no país no último ano.

Trabalhadores sem carteira assinada, que execem suas atividades por conta própria ou não, têm menos direitos e costumam ganhar menos. E isso em um período em que a inflação anual do país já passa de 10%

“Parte significativa da recuperação da ocupação deve-se ao avanço da informalidade. Em um ano, a população ocupada total expandiu em 8,5 milhões de pessoas, sendo que desse contingente 6 milhões eram trabalhadores informais”, diz a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

No trimestre encerrado em agosto, 37 milhões de pessoas trabalhavam na informalidade, segundo os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

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Adriana Beringuy diz que, apesar de bastante alto, o número de trabalhadores sem carteira era maior antes da pandemia. Em outubro de 2019, era 38,8 milhões de pessoas nessa condição.

O aumento da ocupação em um ano foi impulsionado também por 1,1 milhão de novos empregados registrados. Hoje são 31 milhões no país.

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Ocupados, mas ganhando menos

Apesar do crescimento da população ocupada no trimestre até agosto, o rendimento médio dos trabalhadores recuou 10,2% em relação ao mesmo trimestre de 2020, ficando em R$ 2.489. É a maior queda percentual já apurada pelo IBGE.

“A queda no rendimento está mostrando que, embora haja um maior número de pessoas ocupadas, nas diversas formas de inserção no mercado e em diversas atividades, essa população ocupada está sendo remunerada com rendimentos menores. A ocupação cresce, mas com rendimento do trabalho em queda”, analisa Adriana Beringuy.

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