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Empresas devem abrir 530 mil vagas temporárias até junho

Contratações no 2º trimestre serão 3% menores em relação a 2022 devido à crise que atinge o setor produtivo, estima associação

Economia|Do R7

Setor de serviços vai abrir 25% das vagas temporárias no 2º trimestre
Setor de serviços vai abrir 25% das vagas temporárias no 2º trimestre Setor de serviços vai abrir 25% das vagas temporárias no 2º trimestre

A crise que afeta o setor produtivo brasileiro vai resultar em uma abertura menor de vagas temporárias no segundo trimestre deste ano. Conforme estimativa da Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário), 530 mil serão admitidos entre abril e junho, quantidade 3% inferior ao total de contratações realizadas no mesmo período do ano passado.

No período, não haverá uma área com destaque no número de vagas, com a manutenção do destaque no setor da industrial, com 60% do total de vagas temporárias a serem abertas. Na sequência, aparecem os ramos de serviços (25%) e o comércio (15%).

Marcos de Abreu, presidente da associação, afirma que a estimativa menor em relação ao ano passado é motivada pela crise no segmento varejistas, que atinge o setor produtivo e as áreas de logística como um todo. “As empresas acabam segurando as contratações. E, neste momento, também diminuem a oferta de vagas temporárias”, lamenta ele.

Apesar do número menor de vagas, a Asserttem avalia que empresas recorrem às contratações temporárias, previstas pela Lei Federal 6.019/74, para atender a suas demandas em tempos de incertezas na economia.

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Entre os fatores podem favorecer a geração de vagas temporárias aparecem a incerteza causada pela desvalorização do dólar e o elevado patamar dos juros, que têm inibido os investimentos das empresas. "Elas [empresas] se apoiam no trabalho temporário para atender às demandas imprevistas do mercado”, avalia Abreu.

“Quando um empresário está cauteloso com um projeto ou com a contratação de efetivos, ele recorre ao trabalho temporário enquanto enfrenta as incertezas econômicas, se mantendo firme no mercado, sem sobrecarregar o fluxo de caixa da empresa”, comenta Abreu.

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1º trimestre

Nos primeiros três meses de 2023, o Brasil gerou 736.140 vagas de trabalho temporário, de acordo com a Asserttem. O volume foi 4,9% menor em relação ao mesmo período de 2022, quando foram criadas 774.660 vagas.

Abreu avalia que “variáveis imprevisíveis” resultaram em um resultado menor do que aquele estimado. “O cenário geral indicava um resultado melhor, tanto que nossa projeção previa um aumento de 8% no 1º trimestre do ano em relação a 2022”, lamenta ele.

“Ações do governo ou reações do mercado, por exemplo, podem trazer consequências diretas nos resultados do trabalho temporário no Brasil, visto que o regime jurídico está previsto em lei para atender às necessidades transitórias das empresas”, explica o presidente da Asserttem.

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