Empresas se reúnem para buscar soluções para o pós-pandemia
Movimento já conta com a participação de 453 companhias e associações, como Carrefour, Magazine Luiza e 3M
Economia|Do R7
Na busca para encontrar soluções para os negócios durante a pandemia, três empresários lançaram, no fim de abril, um movimento para trocar experiências. Em um mês, o #VamosVirarOJogo atraiu 453 empresas e associações interessadas na iniciativa. Na lista, estão grupos como Carrefour, Magazine Luiza, 3M e Usiminas, além do empresário Jorge Gerdau, presidente do Mundo Brasil Competitivo.
"Nosso objetivo é estimular a troca de experiências e o compartilhamento de iniciativas que estão dando certo durante a pandemia", afirma o fundador e presidente do grupo Empreenda, César Souza, idealizador do movimento. Ele conta que a iniciativa surgiu como uma forma de ver a vida no pós-covid-19.
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Com a ideia na cabeça, Souza procurou dois outros empresários para tocar o projeto: Alexandro Barsi, presidente e fundador da Verity Group, e Vittorio Danesi, fundador e presidente da Simpress. Em dois dias, eles conseguiram 16 adesões. O objetivo é chegar ao fim deste mês com a participação de 500 empresas e, até o fim do ano, ter mil companhias reunidas.
Uma das primeiras iniciativas, diz Souza, foi reunir as melhores práticas adotadas até agora pelas companhias. "Lançamos uma mensagem eletrônica pedindo que as empresas nos enviassem as iniciativas tomadas durante a pandemia e que podem servir de inspiração para outros." Até agora, o movimento tem 52 cases que se enquadram dentro das melhores práticas.
Empresas se adaptam e home office deve se consolidar após pandemia
"Entendemos que as empresas terão de se reinventar nas formas de se relacionar com clientes, na gestão e na relação comercial. Nosso objetivo é mostrar como lidar com essa nova situação", diz o idealizador do movimento.
O vice-presidente do Carrefour, Stephane Engelhard, responsável pela área de assuntos institucionais, conta que a empresa aderiu ao movimento por entender que pode dar contribuição para empresas menores. "Nosso setor é considerado uma atividade essencial. Por isso, não fechamos durante a pandemia e tivemos de adotar protocolos rígidos para preservar clientes e funcionários."
Ele conta que várias das iniciativas adotadas pelo grupo francês foram copiadas em outros estabelecimentos, como a instalação de acrílico nos caixas, marcação de distância no chão e medição de temperatura. "Entendemos que nosso protocolo de medidas sanitárias poderia ser importante para a reabertura da economia em outros companhias. Da mesma forma, acreditamos que podemos adotar outras experiências."
O movimento também será um ambiente para estruturar propostas que serão levadas a formuladores de políticas. César Souza destaca, entretanto, que a iniciativa não tem o objetivo de discutir questões políticas e partidárias. Além disso, não há custos envolvidos.