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Espera por regra fiscal derruba dólar e leva Ibovespa a ajuste

Expectativa do mercado é que governo apresente nova proposta ainda em março e já inicie programa de controle de gastos

Economia|Do R7

Homem entra em casa de câmbio de São Paulo, decorada com imagens de dólares
Homem entra em casa de câmbio de São Paulo, decorada com imagens de dólares

As expectativas do mercado sobre o novo arcabouço fiscal do Brasil, a ser apresentado pelo governo ainda em março, fez o dólar começar a quinta-feira (9) com perdas frente ao real pela segunda sessão consecutiva. A bolsa paulista também abriu o pregão sinalizando ajustes, após desempenho robusto na véspera.

Às 10h01 no horário de Brasília, o Ibovespa caía 0,01%, a 106.524,45 pontos. No mesmo horário, o contrato futuro do índice de referência do mercado de ações brasileiro, com vencimento mais curto, em 12 de abril, recuava 0,68%, a 107.260 pontos.

Às 10h06, o dólar à vista recuava 0,17%, a R$ 5,1306 na venda. Na B3, no mesmo momento, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,28%, a R$ 5,1545.

Às 10h58, o Ibovespa caía 0,26 %, a 106.266,89 pontos. O volume financeiro somava R$ 2,9 bilhões.


Na quarta (8), o Ibovespa fechou em alta de mais de 2%, a 106.540,32 pontos. Já o dólar caiu 1,05%, a R$ 5,1391 na venda.

A moeda americana apresenta queda em ritmo bem mais lento nesta quinta, com alguma instabilidade no sinal, com participantes do mercado dando o benefício da dúvida à nova regra fiscal do Brasil que vai ser apresentada pelo governo.


"A tentativa do governo de aparecer com a sinalização de conseguir entrar a fundo neste mês no programa de controle de gastos fez o dólar baixar forte", disse Fabrízio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.

Agentes financeiros têm dado o benefício da dúvida ao plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para sustentar as contas públicas, com muitos argumentando que, independentemente do desenho do arcabouço, apenas a maior visibilidade fiscal já colabora para melhorar a confiança de investidores domésticos.


Também tem trazido maior calma aos operadores o recente esfriamento nas tensões entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o Banco Central, dizem profissionais. No mês passado, ataques do petista ao patamar da taxa Selic, atualmente em 13,75%, geraram forte turbulência no mercado financeiro.

Enquanto isso, os investidores também ficavam à espera de um importante relatório de emprego norte-americano, previsto para sexta-feira (10).

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Apesar da desvalorização recente do dólar, a divulgação dos dados de emprego do Departamento do Trabalho dos EUA deve elevar ainda mais a volatilidade da moeda norte-americana na reta final desta semana, avalia Velloni.

A leitura referente a fevereiro será analisada pelas autoridades do Federal Reserve em sua reunião de política monetária de março. Nesta semana, o chair do banco central, Jerome Powell, afirmou que o Fed está disposto a adotar altas de juros mais agressivas, de 0,50 ponto percentual, caso encontre novas evidências de que a economia não está arrefecendo o suficiente para reduzir a inflação.

"O 'payroll' pode deixar o mercado bem volátil entre hoje e amanhã, esperando esses números para ter uma direção um pouco mais clara de onde vai a economia e os juros, principalmente nos Estados Unidos", disse Velloni.

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