Exportação de carne suína do Brasil avança 35,1% em abril, diz ABPA
De acordo com a entidade, crescimento foi impulsionado por uma ampliação nas vendas para nações da Ásia, África e América
Economia|Do R7
As exportações de carne suína do Brasil avançaram 35,1% em abril ante igual período do ano passado, a 98,3 mil toneladas, impulsionadas por uma ampliação nas vendas para nações da Ásia, África e América, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta terça-feira (11).
Segundo os números da entidade, a receita obtida com os embarques da proteína, considerando produtos in natura e processados, somaram US$ 232,3 milhões no período, salto de 40,6% na comparação anual.
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A China, maior compradora de carne suína do Brasil, ampliou suas aquisições em 50,5% no mês passado, para 51,5 mil toneladas, em números que não levam em conta os embarques para Hong Kong, que totalizaram 14,6 mil toneladas, alta de 4,9%.
"Além das expressivas vendas para o mercado chinês, temos observado o aumento das exportações para outras regiões do planeta, incluindo mercados vizinhos ao Brasil", afirmou em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em referência a uma disparada nos embarques para países como Chile (+130,9%) e Argentina (+84,3%).
Milho e soja
"Em meio à forte pressão gerada pelos custos internos de produção, o bom desempenho destas exportações diminuem perdas e melhoram o quadro para as indústrias que atuam no mercado internacional", acrescentou Santin, em momento em que o setor tem sido pressionado especialmente pelos altos preços do milho e da soja, utilizados como ração animal.
No acumulado do ano (janeiro a abril), disse a ABPA, as exportações de carne suína alcançaram 351,8 mil toneladas, volume 25,29% maior do que em igual período do ano anterior, enquanto a receita avançou 27,1%, a 826,4 milhões de dólares.
Carne de frango
A ABPA ainda reportou nesta terça-feira (11) que as exportações brasileiras de carne de frango (in natura e processada) avançaram 15,3% em abril em comparação anual, totalizando 395,7 mil toneladas, com apoio de mercados como México e Rússia.
"Além dos mercados tradicionais, temos acompanhado a retomada de determinados mercados, como o México, e o crescimento dos patamares de compras de nações como Rússia e Filipinas. Os indicativos preliminares mostram que este patamar de exportações deve se repetir em maio", disse Santin.
A receita dos embarques no mês passado somou US$ 610 milhões, alta de 18,2% no ano a ano e melhor desempenho em 16 meses, acrescentou a ABPA.
No acumulado do primeiro quadrimestre, as exportações da proteína totalizaram 1,432 milhão de toneladas, incremento de 4,92%, com receita de 2,169 bilhões de dólares, cifra 0,9% superior à de igual período de 2020.