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Federação Única dos Petroleiros anuncia greve geral a partir de sexta-feira (25)

A FUP se reunirá em assembleias para debater a paralisação, que pretende suspender alguns projetos de privatização

Economia|Do R7

Protesto de empregados da Petrobrás ligados à FUP (Federação Única dos Petroleiros), em 2020
Protesto de empregados da Petrobrás ligados à FUP (Federação Única dos Petroleiros), em 2020

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos aprovaram na última sexta-feira (17) o calendário de assembleias para avaliar uma possível greve da categoria, contra a retomada do processo de privatização encaminhado pela diretoria executiva ao Conselho de Administração (CA) da companhia.

Em paralelo, a categoria já aprovou e organiza uma paralisação nacional no início do expediente com previsão de acontecer na próxima sexta-feira (24).

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A decisão da diretoria executiva, publicada no dia 17 de março, prevê prosseguir com a venda dos projetos que já tiveram pré-contrato assinado: Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim (ES), Polos Pescada e Potiguar (RN) e Lubnor (CE).

O documento enviado pela diretoria ao conselho acontece duas semanas após um ofício do MME (Ministério de Minas e Energia) que pede à Petrobras a suspensão, por 90 dias, da venda de ativos da petroleira, para análise e reavaliação.


Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, disse que a deliberação rápida da diretoria da Petrobras vai contra o projeto eleito de descontinuidade do "desmonte". “É inadmissível que profissionais alinhados ao governo anterior sigam entranhados na gestão da empresa, inviabilizando e boicotando o programa de governo que foi aprovado nas urnas”, diz.

Em seu entender, é preciso deixar mais clara a recomendação do MME de suspender o processo. “O tema da suspensão da privatização de ativos não foi sequer discutido na reunião extraordinária do CNPE realizada na última sexta-feira (17)”, acrescenta o dirigente da FUP.

Com quase três meses de governo Lula, a diretoria e o Conselho de Administração da companhia continuam ocupados por indicados do governo Bolsonaro, que correm contra o tempo para concluir as vendas de ativos. A FUP e seus sindicatos estão acionando o governo para que cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados da União no CA a votar pela suspensão das privatizações.

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