FGTS terá depósito antes do saque como o auxílio emergencial
Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, explicou que a medida é para evitar filas e aglomerações em agências; calendário ainda não foi divulgado
Economia|Do R7
O pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que permitirá mais um saque de até R$ 1.045 de contas ativas e inativas do fundo a partir de 15 de junho, será depositado primeiro antes do saque, como tem sido feito no auxílio emergencial de R$ 600.
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Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a medida ajuda a evitar filas e aglomerações em agências, além de estimular que pessoas utilizem contas bancárias. "Dos 60 milhões de trabalhadores que podem receber o benefício, mais de 20 milhões não têm conta em banco", explica Guimarães. "Faremos o pagamento do FGTS no mesmo sistema do auxílio, com primeiro o depósito e, depois, o saque em espécie, o que permite diminuição das filas."
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A Caixa afirmou que o calendário do pagamento será divulgado em breve. A nova liberação de recursos do FGTS deve beneficiar 60 milhões de contas. A Medida Provisória 946/2020 que autoriza os saques faz parte das ações adotadas para atenuar os efeitos econômicos do novo coronavírus no país. Os valores poderão ser retirados a partir de 15 de junho e ficarão disponíveis até 31 de dezembro.
O governo estima uma injeção de aproximadamente R$ 34 bilhões com a nova rodada de saques. Desse valor, R$ 20 bilhões virão da transferência dos recursos que estavam parados no Fundo PIS-Pasep. Outros R$ 14 bilhões já haviam sido disponibilizados por meio do chamado "saque imediato" aprovado ano passado, mas que ainda não foram resgatados.
Saque-aniversário
O novo saque do FGTS de até R$ 1.045 é diferente da modalidade saque-aniversário, que começou a ser paga neste ano também. Ao aderir ao pagamento, o trabalhador passa a receber anualmente, no mês de seu aniversário, uma parcela do FGTS. Mas perde o direito ao fundo de garantia em caso de demissão sem justa causa.
Além disso, depois que fizer a escolha, caso mude de ideia, a pessoa terá de esperar pelo menos dois anos para voltar ao saque-rescisão. Até o momento, mais de 4,7 milhões de trabalhadores já se cadastraram para receber o benefício.