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Gênio do RH cria a pior ideia do mundo: a demissão afetiva 

Ninguém quer ganhar uma cesta de presentes com doces e balões ao ir para o olho da rua carregando uma alegoria do desemprego

Economia|Marco Antonio Araujo, do R7

A "demissão afetiva" vem com um colorido troféu do fracasso
A "demissão afetiva" vem com um colorido troféu do fracasso A "demissão afetiva" vem com um colorido troféu do fracasso

É cada uma. Um gênio dos Recursos Humanos teve uma ideia que só ele achou genial: dar uma cesta de presentes a cada funcionário que seja demitido. O post feito pelo sádico corporativo no LinkedIn, com o título "demissão saudável", gerou polêmica nas redes, isso porque algumas pessoas acharam o ato constrangedor, segundo reportagem do R7.

Pessoalmente, entre ser demitido com afeto ou violência, escolho manter meu emprego. Dispenso balões, doces e petiscos embrulhados numa cesta colorida e cafona. Preferiria um aumento de salário. Mas caso a dispensa fosse inevitável, paciência. Um “muito obrigado pelos serviços prestados e boa sorte no futuro”, ditos pessoalmente pela chefia, e com respeito, já estariam de bom tamanho.

O gestor que viralizou ainda teve o desplante (inconsciente, só pode) de se autoelogiar: "Prometi a mim mesmo que quem passasse pela minha gestão sempre teria um desligamento saudável, pois senti na pele o quanto é ruim, em um momento tão delicado, passar por uma gestão não humanizada". Não é comovente? Um Elon Musk do Departamento Pessoal.

Imagina o cara chegando em casa, segurando a alegoria da derrota e do desemprego. Esposa e filhos correndo para abraçá-lo orgulhosos e cobri-lo de afeto e admiração. Pelo menos teriam o que comer nesse momento festivo. Francamente.

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É muita piada o que os ícones da moderna gestão de pessoas conseguem inventar. De mesas de pingue-pongue a redes para uma soneca na hora do almoço, só falta criar o home office e o serviço a distância para o pessoal da limpeza e segurança.

Quando for demitido (todos estamos sujeitos a isso, né?) quero uma carta de recomendação cheia de exageros, colegas de trabalho chorando no meu ombro, votos sinceros de sucesso e a minha parte em dinheiro.

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