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Governo corta previsão do PIB e vê inflação de 9,7% no fim de 2021

Se o resultado for confirmado, o índice oficial de preços vai fechar o ano acima do dobro da meta de inflação

Economia|Do R7

Governo corta de 5,3% para 5,1% aposta de alta do PIB
Governo corta de 5,3% para 5,1% aposta de alta do PIB Governo corta de 5,3% para 5,1% aposta de alta do PIB

O Ministério da Economia atualizou suas expectativas para a economia brasileira em 2021. O relatório divulgado nesta quarta-feira (17) derruba a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 5,3% para 5,1% e prevê inflação de 9,7% no período acumulado entre janeiro e dezembro.

Caso as expectativas da SPE (Secretaria de Política Econômica) sejam confirmadas pelos dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) vai encerrar o ano acima do dobro da meta estabelecida pelo governo em 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.

Neste ano, o teto da meta para a inflação foi furado pela primeira vez em março e nunca mais recuperado. Atualmente, o índice oficial de preços está em 10,7% nos 12 meses encerrados em outubro, patamar que representa o dobro do limite estabelecido, que era de 5,25%.

Para 2022, a projeção do IPCA passou de 3,75% para 4,7%. As estimativas indicam que, a partir de 2023, a projeção de aumento dos preços converge para a meta de 3,25% e de 3% após 2024. "Os efeitos negativos na oferta e a maior demanda global são notórios e podem ser vistos na pressão no nível de preços", aponta o documento.

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O relatório revisa também as apostas no salto do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), responsável pelo reajuste do salário mínimo. A nova projeção aponta uma alta de 10,04% do indicador, que mede a variação do custo de vida das famílias com rendimento de até cinco salários mínimos.

PIB de 2022

As revisões atingiram também as expectativas para o PIB — soma de todos os bens e serviços produzidos no país — do ano que vem. A nova estimativa prevê um salto de 2,1% das riquezas nacionais em 2022, ante aposta de crescimento na casa dos 2,5% divulgada em setembro.

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"Diversos fatores têm afetado a expansão global, destacando-se os efeitos danosos da quebra de cadeias globais que prejudicam a indústria e reduzem sua produção devido à falta de insumos. Ademais, semelhante ao Brasil, na China e em alguns países europeus há problemas na oferta da matriz energética, com forte elevação dos preços na Europa e racionamento na China", destaca o relatório.

A manutenção de um otimismo maior que o apresentado pelo mercado financeiro, que prevê crescimento da economia abaixo de 1% no ano que vem, é justificada por "dados positivos do mercado de trabalho, que vem se recuperando da queda na pandemia, e o alto volume de investimento contratado para o ano que vem".

"Além de observar os números do crescimento, é importante atentar-se para a sua qualidade. Com reformas pró-mercado e consolidação fiscal, o governo está lançando as bases para crescimento econômico de melhor qualidade e sustentável de longo prazo", destaca a SPE. 

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