Economia Greve de motoristas de aplicativo tem baixa adesão, mas usuários relatam preços mais altos

Greve de motoristas de aplicativo tem baixa adesão, mas usuários relatam preços mais altos

Expectativa dos organizadores era de que 70% dos motoristas parassem as atividades por 24 horas, mas serviço segue operando

Agência Estado
Paralisação será por 24 horas

Paralisação será por 24 horas

RONALDO SILVA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 15.5.2023

A paralisação nacional dos motoristas de aplicativos de transporte convocada para esta segunda-feira, 15, pegou de surpresa alguns usuários de serviços como Uber e 99. Nas redes sociais, consumidores relatam que foram surpreendidos com os preços mais altos para as viagens ao tentar solicitar o transporte. 

Apesar de alguns relatos, a adesão ao movimento foi abaixo do esperado, e o serviço em diversas cidades do país segue operando normalmente.

A paralisação foi organizada por entidades como a Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp).

Conforme divulgado, por 24 horas, os trabalhadores devem protestar contra a defasagem dos repasses do valor da corrida pelas empresas. Uma das demandas dos motoristas é que as empresas estipulem um valor mínimo de corrida para R$ 10. A expectativa era de que a adesão chegasse a 70% da classe em todo o País.

Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp e diretor da Fembrapp, informou ao Estadão que, até o momento, as empresas de transporte por aplicativo não se manifestaram sobre as demandas dos motoristas.

O representante diz ser difícil cravar números sobre a adesão ao movimento, mas diz que as corridas a preços dinâmicos - quando há mais solicitações do que carros disponíveis - teriam disparado na cidade de São Paulo, o que demonstraria uma boa adesão por parte dos trabalhadores. “Juntando todos os relatos, eu creio que a paralisação está dando muito certo, mesmo com alguns motoristas trabalhando”, diz.

Um levantamento da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) aponta que o País tem pelo menos 1,66 milhão de brasileiros trabalham, atualmente, como entregadores ou motoristas de aplicativos no Brasil.

Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) declarou que “respeita o direito de manifestação” dos motoristas. “As empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”, afirmou a entidade.

Últimas