Haddad diz ter expectativa de desnegativar 2,5 mi de CPFs no Desenrola
Segundo ele, o programa de renegociação de dívidas 'certamente deve atingir milhões de brasileiros'
Economia|Do R7, com Reuters
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (24) ter a expectativa de atingir a meta de 2 milhões a 2,5 milhões de CPFs desnegativados por meio do programa Desenrola.
Em entrevista a jornalistas no ministério, Haddad afirmou que, apesar de ainda não ser possível fazer projeções concretas, o programa de renegociação de dívidas "certamente" deve atingir milhões de brasileiros.
Os bancos já negociaram quase R$ 500 milhões nos cinco primeiros dias do Desenrola Brasil, informou a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) no sábado (22). O volume se refere exclusivamente aos clientes contemplados pela faixa 2, que engloba mais de 150 mil contratos de dívidas.
No mesmo período, as instituições financeiras desnegativaram mais de 2 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100.
O programa de renegociação de dívidas, idealizado pelo governo federal e com o apoio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), começou a vigorar no últmio dia 17.
A primeira fase vai contemplar dívidas bancárias. Pessoas físicas que têm dívidas bancárias de até R$ 100 ficarão automaticamente com o nome limpo nas instituições. Assim, os beneficiados podem voltar a pegar crédito ou fazer contrato de aluguel, se não tiverem outras restrições. Mas a falta de pagamento das parcelas renegociadas leva a uma nova negativação.
O programa, que estará vigente até 31 de dezembro de 2023, tem duas faixas de beneficiados e começou pela faixa 2, destinada a pessoas físicas com renda acima de dois salários míninos (R$ 2.640) até R$ 20 mil e dívidas em banco sem limite de valor.
Já a faixa 1, voltada para pessoas físicas de renda mensal de até dois salários mínimos ou que constem no CadÚnico (Cadastro Único, dos beneficiários dos programas sociais do governo federal) com dívidas de até R$ 5.000, deverá ser incluída ao longo do segundo semestre. O governo está desenvolvendo uma plataforma específica para esse público.
Ao todo, a expectativa é criar condições especiais para facilitar renegociações de aproximadamente 70 milhões de pessoas.